Opinião Tricolor – Natal: o que queremos e o que temos

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Salve nação tricolor!

Paz de Cristo no lar de todos, nesta semana tão especial, por mais que a humanidade insista em destruir os alicerces tradicionais, um a um. A resistência é a fé.

O nosso São Paulo chega no Natal desejando muitas coisas, enquanto torcida, mas oferecendo poucas, enquanto diretoria.

Rogério Ceni, este sim, um presente para o orgulho tricolor, vai fazer da abnegação a sua marca. Não duvidem que vai arrumar o São Paulo, deixá-lo com mais pegada, maior personalidade.

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O problema é o material humano, ainda carente. O SPFC precisa enfrentar a realidade de anos de má gestão, que ainda persistem na atual administração. Cada qual com seus erros, JJ com sua soberana perpetuação, Aidar com seus desmandos e escândalos, Leco com sua fraqueza e discípulos de Juvenal.

O elenco será formado por uma filosofia que vai (e precisa) valorizar a promissora e campeã safra de base, somada a alguns reforços pontuais. Infelizmente, a ausência de marketing totalmente profissionalizado (Pinotti faz o que pode) não permite maiores captações ou ainda, atrelar contratações de peso que se pagariam por ações marqueteiras. Clubes com torcida e patrimônio menores que o São Paulo, ano a ano, contratam jogadores de alto nível. O São Paulo não consegue. Esbarrou anos em planejamentos medíocres do ex-executivo GVO, fosse com JJ, Aidar ou Leco. Os diretores e VPs de futebol pouco brilharam, salvo os poucos meses de Luis Cunha. Ataíde, novamente fora da diretoria, trouxe um período tenebroso. Marco Aurélio Cunha diminuiu problemas e melhorou vestiário, mas não foi aquele do passado vencedor.

Continuaremos assistindo os rivais na frente? O tempo dirá.

Perfil de raça, como o Felipe Melo, que sempre demonstra enorme consideração e respeito com o manto tricolor, se torna algo praticamente impossível, enquanto persiste o amadorismo. Ceni quer um líder na volância. Seria a luva. Mas tem mercado em potencial e só com mkt complementando folha, seria viável. Ou seja, do jeito que está, é apenas pra sonhar… com o risco de ver mais um que gostaria de jogar no São Paulo, em camisa rival.

No mais, a limpeza e mudança de ares no elenco é fundamental. Troca de Hudson por Neilton, pode ser boa para ambos. O volante tinha a limitação de futebol até um certo limite e nunca passaria daquilo. O jovem atacante, que já atacou o Tricolor quando garoto, errou feio, pediu perdão e terá que seguir as regras da humildade, empenho e muita dedicação, se quiser lugar no time. Chega marcado por erro, só o futebol bem jogado resolverá.

Quando outros saírem e algumas peças específicas chegarem, aí o SPFC começará a ter cara. Além dos esforços em manter os poucos melhores, como Rodrigo Caio, Buffarini, Maicon e Cueva. Sidão no gol, com crivo de Rogério. Wellington Nem brilhou no passado de alguns anos. Como estará seu futebol?

Tudo isso no plantel do futebol, aguardando a implantação do novo estatuto, a real esperança do fim do marasmo e da retomada da grandeza.

Ano de eleição, só o tempo dirá o quanto os que mandam no clube, estarão comprometidos de verdade com a instituição, acima deles próprios.

Teremos, assim, um Natal humilde.

Mas a expectativa de dias melhores seguirá sempre, na camisa mais vencedora do futebol brasileiro.

Saudações Tricolores!

Carlos PortCarlos Port, idealizador do projeto Opinião Tricolor. Dois bacharelados na profissão de administrador, especialização em comunicação, neto e filho de são-paulinos, paulistano, patriota. No Twitter: @carlosport

ATENÇÃO: O conteúdo dessa coluna é de total responsabilidade de seu autor, sendo que as opiniões expressadas não representam necessariamente a posição da SPNet ou de sua equipe de colaboradores.