Salve nação tricolor!
O São Paulo de Ceni apruma seus últimos detalhes (com o M1to ainda aguardando reforços) já em meio ao cenário eleitoral, que começou a fervilhar antes mesmo do Paulistão 2017.
Uma grande surpresa ocorreu: o anúncio da candidatura de José Eduardo Mesquita Pimenta, o presidente mais vencedor da história do SPFC, pela oposição.
Certamente, uma hecatombe na perene situação que se encontravam Leco e Natel, adversários eleitorais, mas nem tanto. Afinal, são aliados históricos.
O início de bom astral pela conquista da Florida Cup e pela ausência de pressão no começo de Campeonato Paulista e Copa do Brasil (salvo tragédia no Nordeste, diante do maranhense Moto Club em jogo único) era um fator positivo para Leco. Rogério Ceni, com todo crédito e esperança da torcida, terá os primeiros meses do ano para evolução, sem pressão de grandes decisões, até o pleito tricolor.
Ou nem tanto, a eleição que definirá o novo presidente ocorrerá no período de semifinais do Paulistão. Fator positivo ou não, à época saberemos.
Mas é fato que argumentos muito maiores que sair da fila do estadual, estarão em jogo.
Profissionalização alinhada com o novo estatuto, redução de diretorias, fim de vice-presidências. Conselho de administração e fiscal, atuantes e com maior independência.
O Tricolor vai mudar muito. Ou, pelo menos, tem tudo pra isso.
Com as cartas definidas na mesa, as apostas são altas.
Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, de vasto currículo no futebol do SPFC, contestado pela grande maioria da torcida enquanto diretor, VP de futebol e vice-presidente do terceiro mandato de JJ, que agora se divide no apoio e crítica da nação tricolor na sua condição de presidente, em pleito vencido contra Newton do Chapéu, cargo assumido provisória e depois definitivamente, após o trágico final da era Aidar (que convidara Leco para ser candidato à presidência do Conselho Deliberativo, sendo ambos eleitos em 2014).
Roberto Natel, então vice-presidente ao lado de Leco, abandonou o cargo em setembro de 2016 e em dezembro, anunciou candidatura. Também oriundo da era JJ, teve cargos no futebol e na administração tricolor. Se diz via independente. Natel também foi vice-presidente geral de Carlos Miguel Aidar, onde também entregou o cargo. É sobrinho neto de Laudo Natel.
José Eduardo Mesquita Pimenta, o Pimenta, surge como o nome da oposição. Maior presidente campeão da história do São Paulo, tem a contratação de Telê Santana, os dois mundiais e as duas Libertadores 1992 e 1993, como maiores façanhas. Conquistou ainda o Brasileirão 1991, Supercopa, Recopa e Paulistas, em finais contra Corinthians e Palmeiras, respectivamente em 1991 e 1992. Marcou época, mas foi acusado de suposta corrupção, em fita que comprovou inocência, por laudo técnico renomado. Expulso, retornou ao Conselho, após o reparo de injustiça.
Quem for o futuro presidente do São Paulo, precisa ter um compromisso público com o novo estatuto.
Só a gestão de governança tirará o Tricolor da estagnação.
O tempo de coadjuvante precisa se encerrar, urgentemente, não há mais tempo a perder.
Para o protagonismo, historicamente presente, voltar.
Saudações Tricolores!
Carlos Port, idealizador do projeto Opinião Tricolor. Dois bacharelados na profissão de administrador, especialização em comunicação, neto e filho de são-paulinos, paulistano, patriota. No Twitter: @carlosport
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Pimenta no Leco dos outros é Natel