A notícia de que o West Ham (ING) não renovará o empréstimo do atacante Jonathan Calleri fez ao menos três clubes brasileiros procurarem o empresário argentino Adrián Ruocco, que tem ligação com o jogador. Palmeiras, Flamengo e Botafogo ouviram a mesma resposta: “No Brasil, Calleri só joga no São Paulo”.
Calleri se encantou pelo São Paulo no primeiro semestre do ano passado, período em que atuou pelo clube, marcou 16 gols em 31 jogos e conquistou o carinho da torcida. Ele deve, inclusive, aproveitar as férias para visitar o CT da Barra Funda e rever os amigos. Mas o Tricolor, ao menos por enquanto, não se colocou na briga para contratá-lo.
Ao contrário do início do ano, quando o clube contou com a ajuda do próprio Calleri na tentativa de convencer os empresários que detêm os seus direitos a colocá-lo de novo no Morumbi, o São Paulo agora julga que tem necessidades urgentes em outras posições. Após o fracasso nas tratativas com Calleri, a diretoria contratou Lucas Pratto para a posição ao custo de R$ 22 milhões.
Um pouco antes disso, em dezembro do ano passado, o Palmeiras fez sua primeira procura por Calleri e ouviu exatamente a mesma resposta: no Brasil, o argentino só aceita jogar no Tricolor. Na sequência, o Verdão também negociou para tirar Lucas Pratto do Atlético-MG e acabou contratando Miguel Borja, do Atlético Nacional (COL), para a posição.
Agora, com Borja em má fase e poucas opções no setor após as saídas de Alecsandro, Barrios e Rafael Marques, o Verdão voltou ao mercado à procura de um atacante. É um pedido público do técnico Cuca. Alguns nomes foram oferecidos e analisados pelo diretor Alexandre Mattos, como Sassá, do Botafogo, mas as negociações não avançaram.
O discurso no Palestra Itália é de que a diretoria está analisando o mercado, sem pressa, para não trazer um atacante “por trazer”, mas sim para resolver.
No West Ham, Calleri atuou em 19 partidas, somente quatro como titular, e marcou um gol, em vitória sobre o Middlesbrough, pelo Campeonato Inglês. Ele tem seus direitos econômicos vinculados ao clube uruguaio Deportivo Maldonado, ligado aos empresários que pagaram 11 milhões de euros (quase R$ 40 milhões) para tirá-lo do Boca Juniors, no fim de 2015.