Rogério não é mais incontestável e direção pode decidir mudar

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Blog do PVC – UOL

As cinco derrotas nas primeiras nove rodadas do Brasileirão, pior desempenho da era dos pontos corridos e seqüência negativa recorde desde 1999, serviram para aumentar muito a pressão por sua saída. Antes incontestável, agora Rogério tem seu nome na mesa da diretoria com reclamações de conselheiros próximos ao presidente Leco. Também aumenta seu risco os desencontros com as decisões da direção. Na terça-feira, o diretor de futebol Vinicius Pinotti disse que não está satisfeito com o desempenho deste ano e que os jogadores vão mudar, sim. Na quarta, Rogério Ceni afirmou que ”times vencedores se mantêm.”

Nesta última frase, é evidente que Rogério Ceni tem razão. O São Paulo se reformula em pleno Campeonato Brasileiro e isto aumenta o risco num torneio traiçoeiro, em que muitas vezes são rebaixados elencos que têm condição de brigar na parte superior da tabela.

O desempenho do São Paulo em 2017, em partidas oficiais, contabiliza 52% de aproveitamento. É o melhor índice desde que Leco assumiu a presidência em outubro de 2015, para o primeiro mandato tampão. De lá para cá, foram quatro treinadores, com Doriva, Edgardo Bauza e Ricardo Gomes antes da escolha por Rogério.

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Rogério também tem porcentagem de pontos conquistados superior ao de Juan Carlos Osório, mas perde longe para o período de Muricy Ramalho, entre 2013 e 2015. Na última passagem do treinador tricampeão brasileiro, o São Paulo conquistou 60,1% da pontuação.

O contraste é com o início ruim do Brasileirão. Cinco derrotas em nove rodadas não acontecia desde 1998, quando Nelsinho Baptista era o treinador e o São Paulo caiu contra Palmeiras, Cruzeiro, Botafogo, Sport e Santos nas sete primeiras partidas.

Muricy é um ponto de referência. Em sua passagem entre 2006 e 2009, o São Paulo viveu seu último grande momento de glórias. Foi tricampeão brasileiro. Naquela passagem, Muricy teve 60,1% de aproveitamento em 252 partidas.

Desde sua queda, em junho de 2009, depois da eliminação da Libertadores contra o Cruzeiro, foram treze mudanças de técnico em oito anos.

Abaixo, os treze treinadores e seus desempenhos depois do tricampeonato brasileiro de 2008.

Na era Leco Rogério

Ceni – 33 jogos, 14v, 10e, 9d – 52%
Ricardo Gomes – 19 jogos, 6v, 5e, 7d – 40%
Edgardo Bauza – 46 jogos, 17v, 12e, 17d – 45,6%
Doriva – 7 jogos, 2v, 1e, 4d – 33,3%..

Antes de Leco

Juan Carlos Osório – 26 jogos, 11v, 7e, 8d – 51%
Muricy Ramalho (2013 a 2015)
2015 – 18 jogos, 11v, 2e, 5d – 65%
2014 – 65 jogos, 35v, 14e, 16d – 61%
2013 – 25 jogos, 12v, 5e, 8d – 55%
Total – 108 jogos, 58v, 21e, 29d – 60,1%.
Paulo Autuori – 14 jogos, 2v, 4e, 8d – 24%
Ney Franco – 79 jogos, 41v, 16e, 22d – 56,8%
Émerson Leão – 44 jogos, 26v, 6e, 12d – 63,6%
Adílson Batista – 22 jogos, 7v, 9e, 6d – 45%
Paulo César Carpegiani – 47 jogos, 30v, 4e, 13d – 66,6%
Sérgio Baresi – 14 jogos, 5v, 4e, 5d – 45%
Ricardo Gomes – 76 jogos, 39v, 16e, 21e – 58,3%
Muricy Ramalho (2006 a 2009) – 252 jogos, 139v, 67e, 46d – 64%.

12 COMENTÁRIOS

  1. Amigos, enquanto esse canalha efeminado do Leco continuar tratando o Tricolor (outrora mais possante do mundo) como sua sauna pessoal de rapazolas voluptosos e bem dotados, onde só podem entrar para o banho velhos empoeirados e peludos, o SPFC, independentemente de quem for o treinador do time, só irá buraco abaixo até repousar para sempre nas catacumbas abissais, psicossomáticas e termonucleares do Inferno de Platão.

    LONGA VIDA AO REI!!! ainda bradará o povo descrente, rude e submisso: LONGA VIDA AO REI!!!

          • Tranquilo.
            Eu só acho que esse momento miserável do SPFC não é resonsabilidade do Rei Ceni.
            É culpa do bando do JJ (especialmente após o bastardo III Reich) – Leco, Natel, Manssur, Anthaíde, Dr. Sanchez…e por aí vai.
            Por isso que Leco tem que ser inutilizado o qto antes possível.
            Uma nova geração de tricolores batutas tem que assumir o comando da nave louca.

      • Não, aí tb não, né?!?
        O Leco, que apesar de toda sua viadagem até que é um velho bonitinho, trata-se de um quatrocentão como nós, um elizabetano digno (mais ou menos) da filial do Palácio de Buckingham que temos no Morumbi.
        O outro é um feioso descendente da mais imunda escória paulistana possível – e, ainda mais, como se isso não fosse o bastante, deputado federal eleito pelo, veja bem, pt.
        Nesse caso particular, e que fique bem claro, apenas nesse, eu vou ficar com o bolha do Leco.

  2. O torcedor não deve cair na armadilha da imprensa que vive da desgraça de algum time, ficam criando notícias para gerar audiência e polêmica para as mais de mil “mesas redondas” que acontecem no rádio e na TV.
    Nosso time não vem bem é verdade, mas se pegarmos os jogos perdidos 95% das vezes foi culpa da nossa defesa. Precisamos arrumar o sistema defensivo. Ontem o time se manteve com a bola, mas não conseguiu chegar no gol, no meu ponto de vista esta faltando um pouco de mobilidade no ataque, precisamos de um cara fazendo a diagonal para dar opção de tabela e assim furarmos a defesa adversária. Jogar somente no cruzamento para o Pratto é muito pouco.
    Com a chegada dos novos jogadores vamos ter como mudar o time, gerar concorrência no elenco e melhorar a técnica.
    Não sou fã do RC, porém trocar agora é muito arriscado, podemos rachar o elenco e bater cabeça. Nosso time não acredito que caia, temos elenco para suportar a sequência do campeonato, não jogaremos mais nenhuma competição, outros times melhores vão disputar outras competições e tendem a cair de rendimento.
    No mercado também não há um técnico que seja unanimidade, temos apenas mais do mesmo, não penso que resolveria trazer Dorival, Marcelo Oliveira ou outro qualquer. Temos que seguir com o planejamento até o final do ano.