Recorde de derrotas faz SP trabalhar para deixar de ser o time do “quase”

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UOL – Bruno Grossi e José Eduardo Martins

Com cinco derrotas em nove rodadas, o São Paulo alcançou um recorde negativo desde o início do Campeonato Brasileiro por pontos corridos, com o maior número de tropeços desde 2003. Apesar de os números não serem favoráveis, Rogério Ceni e seus comandados ainda destacam a performance do Tricolor nas últimas partidas. Por isso, a equipe trabalha agora para deixar de ser quem cria muitas oportunidades, mas vê o adversário, mais objetivo, sair de campo com a vitória e os três pontos.

“A história do clube obriga a ter vitória. Perdemos muito, precisamos manter o nível futebolístico e corrigir os erros: posicionamento e de bola parada. Temos de consertar isso e demonstrar em resultados que estamos melhores do que os rivais”, disse Lucas Pratto, que nas derrotas para o Atlético-MG, no domingo (19), e Atlético-PR, nesta quarta (21), viu a superioridade do São Paulo não se converter em gols.

“O time, fisicamente e mentalmente, foi melhor do que o rival, mesmo os jogadores do Atlético-PR devem ter reconhecido que fomos superiores. Mas o futebol é resultado. Eles conseguiram fazer um gol de bola parada e nós não conseguimos fazer um gol. Teríamos de ter um pouco mais de profundidade, quando fazemos cruzamentos fica mais no um contra um e é mais difícil.”

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As declarações de Pratto coincidem com as de Rodrigo Caio e de Lugano, após o jogo. Aliás, o discurso dos jogadores tem muitas semelhanças com o de Rogério Ceni. Mesmo com os resultados negativos, o treinador quase sempre faz questão de destacar o empenho dos atletas e, na sua visão, o bom desempenho do time.

No início do ano, o treinador inclusive utilizava as estatísticas da equipe durante os 90 minutos para embasar a sua teoria. A situação só mudou depois da eliminação da Copa Sul-Americana, contra o Defensa y Justicia, da Argentina, no Morumbi. Na ocasião, o treinador foi bastante criticado por não reconhecer os problemas do time. Nos jogos seguintes, o discurso passou a ser mais comedido e não mais baseado em números.

Aliás, quando analisados os números, o São Paulo pode comprovar que precisa trabalhar para aprimorar a sua eficácia no sistema ofensivo. Contra o Atlético-PR, por exemplo, o Tricolor registrou o maior número de finalizações erradas neste Brasileiro, 22. No total, o clube também é o segundo no ranking de erros de finalizações neste Nacional, com 82 falhas, apenas uma a menos do que o Vasco, líder no quesito.

A próxima oportunidade para a equipe se recuperar no Brasileiro será neste domingo, no Morumbi, contra o Fluminense. “O time precisa de um resultado rápido. Jogamos bem contra o Atlético-MG e o Atlético-PR, mas sem conseguir resultado no futebol de hoje não dá tempo. Mesmo no Brasil, com jogo a cada três dias, não se consegue recuperar às vezes a mentalidade para ficar forte para o próximo jogo. Mas somos alguns jogadores muito experientes e temos de saber essa carga que recebemos”, disse Pratto.

4 COMENTÁRIOS

  1. nossos próximos jogos serão fluminense em casa, framengo e santos fora e aí teremos um duelo de 6 pontos numa luta direta contra o atlético -GO na zona do rebaixamento já depois tomando uma tundra da chapecoense…se alguém acha que estou exagerando, me ilumine por favor, ficaremos entre os 10 e 20 pontos por mais 10 rodadas.

  2. Não são as atuais 05 derrotas que demonstram esta fragilidade, isto perdura já algum tempo..
    Entretanto vale ressaltar que isto é o reflexo de uma diretoria acéfala e de amadores sem visão
    estratégica de curto, médio e longo prazo, o único futuro que vislumbra-se é o rebaixamento.
    Depois que os amadores promoveram um aprendiz a técnico, sem maturidade e liderança em comando; espera-se o que..???
    A atual comissão técnica é uma bosta, idêntica a atual Diretoria…
    Não adianta contratar de baciada, se não tiver comando, harmonia, padrão tático, não há nada disso
    neste time..

  3. O time precisa jogar mais compacto na frente, principalmente quando o Jucilei rouba uma bola, tem que haver um jogador rápido para dar opção de tabela e conseguir a profundidade, o Marcinho foi bem mas precisamos de um cara mais ágil no lugar do Cícero, talvez o Maiconsuel ou algum dos recé m contratados.
    Nosso time tem a bola mas demora muito para chegar na área, o adversário consegue sempre se recompor, ai vamos pro cruzamento e nada acontece.