Além das 4 linhas – Reclamar não ajuda

O momento no SPFC  é de trabalho por parte de todos e de apoio por parte da torcida, como vimos ontem a noite apesar do time não vir bem e do frio.

Dorival acaba de chegar, nem teve tempo para treinos, mas já pediu um goleiro titular entre outras posições carentes. Os nossos laterais da direita faz tempo que decepcionam, mas o momento é de motivar o grupo para sairmos juntos  desta incômoda situação que já dura tempo demais para nossa tradição.

Assim que o campeonato terminar, vamos ao CT protestar contra o que acharmos que anda nos trazendo problemas, que para mim vem de gestão e da política. Se um jogador é ruim a culpa é de quem o contratou. Mas se um jogador demonstra corpo mole a situação é outra. Mas o protesto devemos fazer na hora certa e deve ser direcionado a quem não merece estar no clube por alguma razão, seja dirigente, seja jogador, seja da comissão.

Em Dezembro e Janeiro o clube tentará tomar as devidas providências embasadas nas conclusões de todos, principalmente da comissão técnica. Até lá esta mesma comissão tentará levantar a moral de todos em prol do clube e de seu patrimônio, o que é também representado pelo elenco de jogadores. Eu confio no trabalho do Dorival, um treinador com experiência e alguns títulos na bagagem. Além do fato de gostar de trabalhar com jovens, uma das principais qualidades do Dorival para trabalhar no SPFC.

Em campo vejo a falta que atacantes que joguem pelos lados estão fazendo. David Neres e Luiz Araújo foram muito bem vendidos é verdade, mas não foram substituídos à altura, muito pelo contrário. Aliás, atacar pelos lados também é função dos laterais, que estão em fases horríveis e seus reservas nada acrescentam. Nosso treinador tem  muito trabalho pela frente. Ontem o lateral Edimar mostrou capacidade, pode ganhar a posição. O Rogério pediu a contratação deste jogador, mas nunca o escalou, qual a razão disso?

O lado positivo das vendas dos jogadores, que é o pagamento de dívidas, precisa ser compensado por planejamento. Quando perguntado, Vinícius Pinotti, nosso diretor de futebol,  tirou o corpo fora e disse que seu trabalho começou recentemente, mas esqueceu que o presidente que o nomeou está no cargo já faz certo tempo,tempo mais do que o suficiente para planejar o ano de 2017.

Mas chorar o leite derramado é tolice. Este ano terá que ser visto como o da montagem de um elenco, isso é a realidade. Hernanes foi excelente contratação. Imaginando nosso time jogue no sistema  4.2.3.1 faltam poucas peças para um bom time titular. Agora temos uma boa zaga, uma boa dupla de volantes, na linha de três o Cueva jogará em um dos lados, o Hernanes no meio e o outro lado falta alguém ganhar a posição, seja por parte de quem já está ou por parte de alguém que chegará. O “um” da frente já temos. Nas laterais vejo problema apenas na direita, já que o Júnior tem capacidade para ser titular, apesar de a imprensa anunciar que ele pode ser negociado e o clube pode estar contratando alguém para seu lugar.

Enfim meus amigos, o momento pede apoio, mas penso que devemos organizar um super protesto para logo que o campeonato acabar, um protesto do tamanho da crise, ou seja, um protesto jamais visto pela nação tricolor. Antes disso o time precisa ter paz para o trabalho e ir o mais longe possível na tabela.

Salve o tricolor paulista, o clube da Fé.

Carlito Sampaio Góes

Carlito é advogado, trabalha como representante comercial, frequenta o Morumbi desde 1977 e prefere o time que vence ao time que joga bonito. Escreve nesse espaço todas as quintas-feiras.

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