O plano (que não vingou) para tentar salvar Rogério Ceni no São Paulo

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UOL

Marcel Rizzo

Rogério Ceni foi demitido do São Paulo no início de julho (Crédito: Eitan Abramovich/AFP)

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O fim de trabalho de Rogério Ceni como treinador do São Paulo, no início de julho, teve um ingrediente que quase fez com que sua saída fosse cancelada, ou ao menos adiada.

Em meio à pressão diante dos maus resultados, defensores da permanência do ex-goleiro levaram ao presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, sugestão de que Ceni tivesse um “auxiliar-gerente”. O que seria isso? Alguém com experiência como treinador, para auxiliar o novato em campo, mas que também atuasse como a ponte com a diretoria. Aliviaria Ceni, era essa a teoria.

Até nomes foram sugeridos, todos com ligações com o clube e com Ceni. O favorito era o de Paulo Autuori, campeão da Libertadores em 2005, na época alçado de treinador a gerente de futebol do Atlético-PR. Outra sugestão foi de Muricy Ramalho, técnico tricampeão brasileiro (2006 a 2008), e que hoje comenta futebol no SporTV.

No dia 30 de junho, o auxiliar-técnico de Ceni, o inglês Michael Beale, pediu para sair. Foi a deixa para que a proposta de um auxiliar rodado, que ajudasse na gerência do futebol, voltasse à tona, com força. Não houve, porém, tempo para que amadurecesse.

Dois dias depois o São Paulo perdeu por 2 a 0 do Flamengo, e no dia seguinte, uma segunda-feira, a diretoria entendeu ser melhor encerrar o acordo com Ceni. Internamente, o argumento era que o elenco precisa ser motivado, e só com um novo treinador isso aconteceria. Havia certeza de que Ceni não confiava no elenco, e vice-versa.

Passados mais de um mês, o São Paulo permanece na zona do rebaixamento do Brasileiro, ao fim do primeiro turno. Dorival Júnior assumiu, o clube contratou jogadores rodados, como Hernanes, mas ainda não aconteceu o efeito esperado.

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