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Alexandre Lozetti
Boa posição do Tricolor na tabela do segundo turno é outra distorção de um campeonato cheio de meias-verdades. A nove rodadas do fim, time é inexplicável e ainda procura soluções.
O Campeonato Brasileiro de 2018 é um convite a meias-verdades. O baixíssimo nível técnico e o equilíbrio na zona medíocre da tabela distorcem posições, impressões e realidades. O líder, por exemplo, joga mal há algum tempo, e o time que hoje está ameaçado de rebaixamento, amanhã pode sonhar com vaga na Libertadores. E vice-versa.
Dito isso, o São Paulo precisa parar de se enganar com qualquer dado que sugira otimismo e se apegar na realidade mais nua e crua: o futebol muito ruim que apresenta na maioria dos jogos.
Houve boas atuações, como diante de Corinthians e Atlético-PR, mas, em regra, o desempenho é paupérrimo. Na derrota da última quarta-feira, por 3 a 1, para o Fluminense, Dorival Júnior completou 17 partidas como técnico do São Paulo. Ainda não venceu duas seguidas. E olha que houve tempo de sobra para treinar: um jogo a cada seis dias.
“No segundo turno, a campanha é boa”, dizem alguns. Outros se apegam ao “ótimo ambiente”, citado por um diretor ao repórter Mauro Naves, da TV Globo, antes do jogo contra o Fluminense. A mesma diretoria que vociferou o factóide da consultoria de Muricy Ramalho a Dorival Júnior.
Mas em campo, onde importa, há pouquíssima evolução. Quando Cueva vai bem, a equipe tem lampejos – o peruano será desfalque enquanto estiver com a seleção peruana –, mostra alguma lucidez. Hernanes também mostra ser diferente, embora não faça gols como no início.
Mas o restante da equipe erra demais. Individualmente e coletivamente. As opções no banco de reservas não empolgam. Fora de casa, o São Paulo mal consegue chutar a gol. E vale lembrar que, em razão de eventos musicais, o Morumbi só voltará a receber sua torcida na última rodada, contra o Bahia. Qual será o cenário daqui a 40 dias? Impossível prever num time difícil de explicar.
Por que Júnior Tavares colocou a mão na bola dentro da área? Por que os jogadores oscilam tanto de uma partida para a outra? Por que não parece haver entrosamento entre os atletas de ataque?
No segundo turno, esse em que veem o São Paulo bem, as atuações contra Cruzeiro, Avaí, Ponte Preta, Sport, Atlético-MG e Fluminense foram terríveis, independentemente dos resultados.
Lucas Fernandes, em quem muito se apostava, não produz nada. Agora, surgem Maicosuel e Shaylon como esperanças. A nove rodadas do fim, em outubro, o São Paulo, mexido e remexido pela diretoria, ainda espera por alguém que possa resolver suas partidas.
É o cenário de um time que não pode mais se enganar. Como bem profetizou Hernanes: “vai apanhar até crescer”. Se é que ainda há tempo de crescer.
Tem que tirar esse LECO, velho fdp, não está nem aí para a vergonha que estamos passando, o negócio dele é só faturar para si próprio, esses velhos são um câncer no nosso time. Além de um uniforme horroroso.