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Pedro Cuenca
Lucas Pratto chegou ao São Paulo em fevereiro de 2017. Com boa participação no Atlético-MG, foi comprado por uma significante quantia de dinheiro. Era o Tricolor ousando no mercado e satisfazendo sua torcida após tantas decepções, inclusive a saída de Calleri no ano anterior. Pena que muitos se esquecem disso.
O tempo passou, jogadores chegaram e saíram, técnicos passaram pelo clube, escândalos da diretoria chacoalharam o Tricolor. Pratto continuou lá, nos poucos bons momentos e nos muitos maus momentos. Virou, no entanto, a cruz para muitos tacarem pedras.
Pratto foi um líder do cambaleante São Paulo em 2017, sendo muitas vezes o capitão da equipe. Brigador, era muitas vezes visto se dobrando em campo e buscando jogo em diferentes locais, mas se ausentava da área. Isso fez a torcida se irritar com ele sem perceber que ele era um coitado que morreria de tédio se ficasse parado plantado na frente do gol adversário. Pedras nele, de novo.
A seca de gols que o atingiu no Brasileirão pode ter sido, em parte, sua culpa, porque realmente perdeu algumas boas oportunidades. Mas havia alguém para oferecê-lo a chance, para lhe dar o gol. Pratto não é Messi, não vai driblar todo mundo e marcar; ele é brigador, vai disputar com o zagueiro, aproveitar o vacilo rival e balançar as redes. Nem todos entenderam isso no Morumbi, infelizmente.
Todos se esquecem, porém, que brigamos para não cair em 2017, pois o ano acabou com festa e comemorações. Lamentável.
Depois de um ano profissionalmente decepcionante, Pratto optou por sair do São Paulo. É sua vida, sua escolha, infelizmente nada podemos fazer. Se ele quer voltar para a Argentina, para ficar perto da família ou para chamar a atenção do técnico da seleção de seu país, é uma coisa que vem do coração dele e ninguém pode mudar. Pratto não foi ingrato com o São Paulo e nunca nos desrespeitou, então sai sem mágoas ou ódio. Lamento apenas que não tenha tido mais sucesso nesse bagunçado Tricolor.
Tudo de bom em sua carreira, Lucas Pratto, seja feliz e tenha muito sucesso. Eu não me arrependo de ter te defendido do início ao fim. Obrigado.
Interessante que o Hernanes nesse mesmo clube bagunçado foi o melhor jogador do Brasileirão, tanto que deixa saudade.
Pratto é uma enganação, um pipoqueiro