Lugano ignora polêmica com assessor: “Não tenho paciência para bobagem

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GazetaEsportiva.net

Edoardo Ghirotto

Diego Lugano, jogador do São Paulo FC durante coletiva após o treino no CCT  da Barra Funda da capital paulista. 19/02/2016, Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press
Lugano cobrou um “sentimento nobre” por trás das disputas políticas do São Paulo (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

Quando foi apresentado como reforço do São Paulo em janeiro, Diego Lugano não imaginava que um mês depois teria de responder às mesmas indagações que marcaram o clube no ano passado. O uruguaio, que estreará no domingo pelo Tricolor, foi perguntado nessa sexta-feira sobre o que pensava das ofensas proferidas aos jogadores por Rodrigo Gaspar, um assessor do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. O zagueiro, hoje com 35 anos, classificou o episódio como uma “bobagem” e ignorou a polêmica criada em torno das declarações.

“Não tenho paciência, não tenho saco para falar sobre quem falhou nos jogos. Esse é o nosso mundo, sabemos que é assim. Se perdemos, as críticas chegam. E elas sempre chegam aos jogadores mais representativos e com mais história. Ela chega de dentro, de fora e do lado do clube. Isso é futebol, é nossa vida e estamos acostumados. Eu já não tenho paciência para analisar essa bobagem de quem falou ou deixou de falar. Temos de trabalhar bem e seguir com o time fechado. É o único jeito de manter uma imagem vitoriosa e fazer com que a opinião pública seja melhor”, afirmou o jogador.

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Gaspar deletou as mensagens ofensivas que postou em um perfil pessoal na rede social Twitter. Nelas, o assessor dizia que Milton Cruz, atual analista de desempenho, e Michel Bastos são “ervas daninhas” e “fazem mal ao ambiente do clube”. Ele ainda chamava Centurión de “piada” e classificava Rodrigo Caio como “jogador de condomínio”. Nessa sexta-feira, em entrevista no CCT da Barra Funda, Leco disse “prestigiar publicamente” o trabalho de Gaspar e lamentou o “erro cometido de cabeça quente”. O mandatário assegurou que ele seguirá no cargo sem sofrer nenhuma sanção.

A polêmica, no entanto, não foi a única a ser levantada na entrevista coletiva de Lugano. O jogador também se manifestou sobre as desavenças entre Leco e o empresário Abílio Diniz, membro do Conselho Consultivo do clube. Ambos trocaram acusações em e-mails enviados aos conselheiros nos últimos dias e criaram uma nova disputa política nos bastidores do Tricolor. “Assim como ocorre no campo, essas disputas podem ser boas se houver um sentimento nobre e voltado para o clube por trás delas. Se tem que ter alguma coisa nesse sentido, que seja para cobrar e melhorar o que tem sido feito”, opinou o zagueiro.