GazetaEsportiva
Quinto maior artilheiro da história do São Paulo, com 182 gols, e um dos atacantes mais talentosos que vestiram a camisa do clube, França teve uma ascensão meteórica ainda muito jovem e precisou de pouco tempo para conquistar a torcida tricolor. Mas, poucos sabem que para o maranhense chegar ao Morumbi foi preciso que ele conquistasse dois gigantes são-paulinos: José Poy e Telê Santana.
Após defender o Nacional, do Amazonas, França se transferiu para o XV de Jaú, time treinado pelo José Poy. Impressionado com o talento do jovem atacante, o ex-goleiro e ídolo do São Paulo não hesitou em ligar para o Tricolor e avisar de que tinha um verdadeiro talento pronto para desembarcar no Morumbi.
“As pessoas foram importantes na minha vida. No XV, quem era o treinador era o José Poy, um dos ídolos do São Paulo. Foi ele quem ligou para o São Paulo dizendo que eu era diferente. O São Paulo se interessou, entrei para jogar a Copinha, joguei um jogo da Copinha, contra o Santos, no Pacaembu. Estava no banco, nosso centroavante sentiu a perna, e o treinador, que era o Daryo Pereira, me colocou. Entrei e fiz três gols”, relembrou França durante uma live da qual participou junto com o ex-atacante Reinaldo, que também defendeu o São Paulo no início dos anos 2000.
Com o hat-trick, França não passou batido pelo técnico do time profissional do São Paulo, Telê Santana, que estava nas arquibancadas. Após o término da partida, o comandante tricolor fez questão de passar um recado importante para o jovem homem gol. “O Telê desceu no vestiário e disse: ‘Aquele loirinho lá não treina mais aqui, vai treinar no profissional’”.
Quis o destino que França tivesse a oportunidade de trabalhar por pouco tempo com o técnico bicampeão continental e mundial pelo São Paulo. Em 1996, Telê Santana acabou sofrendo um acidente vascular cerebral (AVC) e deu fim à sua trajetória no Morumbi.
“Trabalhei com o Telê uma semana, mas foi o suficiente para eu aprender. Ele era um cara muito disciplinado, tínhamos que chegar às 7h30 para bater bola na parede. Infelizmente, ele sofreu um derrame e não tivemos como trabalhar juntos. Aí assumiu o Muricy Ramalho. Fiquei preocupado se ele me mandaria de volta para a Copinha, mas deu certo”, comentou.“Ele me manteve, fiquei no banco do Valdir e do Muller, observando muito como o Muller jogava, só com um toque na bola. Fui aprendendo, peguei o que ele tinha de melhor e encaixei no meu estilo de jogo”, completou França, admitindo a influência que o ex-camisa 7 teve no seu jogo.
Daí em diante, França deslanchou e entrou para a história do São Paulo. Com a camisa tricolor, ele venceu os Campeonatos Paulistas de 1998 e 2000 e o Torneio Rio-São Paulo de 2001.
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