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Na metade de fevereiro de 2019, o São Paulo anunciou Cuca como o técnico que substituiria André Jardine no comando do São Paulo. O novo treinador, no entanto, assumiu o cargo só em abril, já que se recuperava de um problema de saúde. Em entrevista à Fox Sports nesta segunda-feira, Cuca falou sobre o episódio e contou o objetivo que tinha traçado com o clube do Morumbi.
“Eu fui para o São Paulo no dia primeiro de abril, não pude ir antes. Até antecipei um mês. O meu problema era uma artéria, que precisava calcificar, e não era pouca coisa. Nesse tempo que eu não consegui ir, pedi para o Mancini ficar no meu lugar. Ele ficou, fez um trabalho muito bom com a gurizada. A gente tinha no São Paulo essa missão de dar uma reduzida na folha salarial, mexer com a base e se possível fortalecer. Trouxemos o Vitor Bueno, o Tchê Tchê , reduzimos a folha em R$ 2 milhões, como tinha sido combinado, veio o Pato, Daniel Alves e Juanfran. A gente conversou com o Pássaro, Raí e Leco para montar uma base forte e seguir”, relatou.
Em 26 jogos disputado, o São Paulo de Cuca venceu nove, empatou dez e perdeu sete vezes, além de ter sido eliminado para o Bahia nas oitavas de final da Copa do Brasil. No início de outubro, o treinador entrou em acordo com a diretoria do Tricolor e deixou o cargo. O técnico explicou o por que da decisão e do desempenho ruim do time.
“Quando chegou setembro, eu precisava dar uma deslanchada com o São Paulo, para buscar o título, mas estagnou, não tivemos uma arrancada. Estávamos ganhando os jogos fora de casa, mas não em casa, não estava legal. Tinha potencial para jogar mais do que estava jogando. Então eu conversei com o Pássaro e com o Raí, houve uma resistência mas eles entenderam no final e eu saí”, disse.
Após a saída de Cuca, Fernando Diniz foi escolhido para comandar o São Paulo. A contratação causou polêmica, já que Vagner Mancini, antigo coordenador de futebol do clube, pediu demissão depois do anúncio do novo treinador, que teria sido, supostamente, pedido pelos próprios jogadores do Tricolor, liderados por Daniel Alves. Cuca disse não saber sobre o ocorrido, mas acredita que um desejo dos atletas não é necessariamente ruim.
“Existem lugares onde os jogadores falam com os diretores, eles têm essa liberdade, e eu não acho isso nada anormal. No fundo, os clubes têm que ser uma família, claro que cada um com sua hierarquia. Não sei quanto ao Vagner Mancini, o que havia sido prometido à ele ou não, mas dos jogadores falarem que gostariam de trabalhar com esse ou aquele treinador, não vejo nada de anormal, pelo contrário, se eles optam por isso, é um motivo a mais deles se doarem e se sacrificarem pelo treinador que vem”, afirmou.Por fim, Cuca falou sobre sua relação com Daniel Alves. Segundo o treinador, o convívio entre os dois era bom.
“Uma figura fantástica, um cara humilde, sangue bom e parceiro. Estava passando por uma situação de voltar da Europa para esse loucura que é jogar todo domingo e quarta e de jogar em outra posição, lógico que ele não vai render tudo em um primeiro momento. Mas meu convívio com ele foi maravilhoso, não tenho queixa nenhuma dele, pelo contrário”, disse.
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