GazetaEsportiva
Principal reforço do São Paulo para 2019, Daniel Alves tem um dos maiores salários do atual elenco tricolor. Agora, com a crise financeira causada pela pandemia do coronavírus, a direção do clube busca a melhor maneira para conseguir pagar o atleta. Segundo contou o gerente executivo de futebol Alexandre Pássaro, o camisa 10 vem cooperando com as decisões e esteve de acordo com o corte salarial de 50% na CLT.
“Na reunião quando chamamos os líderes (do elenco) ele foi um dos mais efusivos no sentido de ‘lógico, não teria outro caminho’. Foi super compreensível. Sobre os bônus e pagamentos também tem sido muito compreensível. E nós temos feito um esforço grande para honrar com menor atraso ou desgaste possível, porque tem uma diferença. Quase todos os jogadores recebem direito de imagem mês a mês. E o Daniel não. Ele acumula e pagamos semestralmente”, disse em entrevista à Rádio Transamérica.
O dirigente ainda detalhou alguns bastidores da chegada do ex-jogador do Paris Saint-Germain, reafirmando que desde o início das negociações ele vem sendo coerente com a situação financeira em que o time paulista se encontra.
“Quando ele chegou estávamos com orçamento apertado e foi combinado. Há dois jeitos de acumular pagamento: ou paga e espera seis meses, ou espera seis meses e paga no final. Essa segunda foi a proposta que fizemos a ele. No começo com muita boa vontade ele aceitou, disse que não teria problema. Não era nem seis meses. Eram quase dez. Disse que se o São Paulo poderia pagar a primeira daqui a dez meses não teria problema. Temos feito esforço para honrar e estar em dia com ele, porque esse foi o combinado. O pagamento se refere ao período daqui para trás, não para frente”, acrescentou.
Ainda sobre Daniel Alves, Alexandre Pássaro revelou como andam as conversas para encontrar parceiros para ajudar nos pagamentos do meia e disse que não há motivos para ter pressa para encontrar alguém interessado.Conforme ele disse, além do marketing do clube, uma empresa especializada está tratando do tema, e que já houveram algumas propostas, entretanto elas não eram vantajosas. A ideia é buscar acordos válidos até 2022, ano em que o contrato do atleta se encerra.
“Não quer dizer que porque nos primeiros nove meses conseguimos um parceiro que nos outros nove só vai ter mais um. Há um tempo de amadurecimento. No ano passado o Daniel Alves não tinha aparecido como jogador do jeito que está aparecendo esse ano: fazendo gol, se firmando na posição. Hoje ninguém discute mais a posição do Dani no time do São Paulo. Se eu fosse presidente de uma empresa que tem interesse em contar com a imagem do Daniel também esperaria um pouco para entender como a imagem dele se situaria na volta para apostar ou não”, finalizou.
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