O SPFC foi aos USA participar da Florida Cup com um time novo, um treinador novo em todos os sentidos e com uma semana de preparação. O natural era apenas participar. Os adversários daquele campeonato estavam no meio da temporada, ou seja, jogadores entrosados e em forma. O que acontecer nesta fase do trabalho que está o SPFC será muito útil para os profissionais do clube e só a eles. O início do Paulista também deve ser visto como preparação como ocorre todo ano.
O elenco do SPFC foi praticamente mantido para 2019,o que é muito importante, e algumas boas peças vieram para formar um elenco melhor e maior. Eu acredito que seja bom manter o Nene e o Diego Souza no clube para este ano. Os dois são bons jogadores e sem eles o clube teria que correr atrás de seus substitutos. Para o caso do Nene falam do Ganso e para o caso do Diego falam do Pato, mas não é coisa simples e barata. Eu aprovaria as duas substituições, mas gosto dos dois que aqui estão. O Ganso tem jogado muito pouco nos últimos dois anos e meio, tenho sérias dúvidas sobre sua atual condição física e mental. Está focado no futebol?
Se o elenco do ano passado foi bem no BR18, o de 2019 pode ir ainda mais longe. Eu gosto do trabalho que está sendo feito, vejo seriedade e pés no chão. Eu só tenho uma séria dúvida até aqui: Poderá o Jardine ser o bom treinador que nosso clube precisa? Eu não sei responder a esta importante questão. Mas se as pessoas que comandam o futebol do clube acreditam nisso, quem sou eu para duvidar? Só o tempo dirá.
Aliás, andei dizendo aos amigos que vou manter o foco em alguns treinadores neste ano. Sempre tive imenso interesse no trabalho dos
grandes treinadores. Sempre os julguei fundamentais nos resultados. Teria o SPFC conquistado o Bi da Libertadores e do Mundial sem Telê? Teria o clube o inédito Tri brasileiro sem o Muricy? E o Rubens Minelli que em 1977 conquistou nosso primeiro BR com time bem pior do que o do adversário numa final muito emocionante?
Sendo assim, muito me interessa analisar o trabalho do Abel Braga no Flamengo, clube que com super elenco e treinador principiante decepcionou em 2018. Assim como foi muito interessante ver o crescimento do Crefisa Futebol Clube com a chegada do Felipão no ano
passado. E o clube sem cor que perdeu Carille e caiu pelas tabelas? Com a volta dele o time voltará a ter um bom futebol? Quero reparar nisso tudo neste ano. Um dos bons livros sobre futebol que li na vida foi o do Maurício Noriega sobre os bons treinadores da história do
futebol brasileiro. Vale a leitura, recomendo.
Estou ansioso para os dois jogos contra o Talleres pela Libertadores. Antes disso vejo tudo como preparação. Quero poder estar no Morumbi no dia 13.02 para ver este jogo.
Na verdade a volta do Hernanes me empolgou. Ele é o dono do time. O “cara” que todo bom time tem que ter. Uma boa escalação do time do SPFC que vi na mídia o colocava em uma posição assim: Volpi; Bruno, Arboleda, Bruno, Reinaldo; Hudson; Hernanes, Liziero; Rojas, Pablo, Everton. Isso é um 4-1-2-3. Mas o banco tem boas peças, coisa que não havia em 2018. O Jucilei, Luan, Anderson, Biro, Nene, Diego, Helinho, Carneiro e uma molecada boa de bola por exemplo.
Falando em molecada boa de bola, assisti dois jogos da copinha: SPFC contra a Ferroviária e contra o Mirassol, ambos pela fase de mata-mata. O time joga bonito. O Gabriel é bom camisa 9, acredito que tem potencial para subir. Para ver jogar é uma pena o time não ter Walce,
Luan, Igor, Toró, Brenner e Helinho. É que o SPFC vê a formação do atleta em primeiro lugar e não os títulos das categorias de base. Mas para o torcedor é uma pena, pois nesta etapa da carreira os melhores jogadores ainda jogam no Brasil.
É isso aí galera tricolor, o ano está apenas começando. Esqueçam aquele clube dos últimos anos, aquilo não era nosso SPFC.
Salve o tricolor paulista, o clube da fé.
Carlito Sampaio Góes é advogado, trabalha como representante comercial, frequenta o Morumbi desde 1977 e prefere o time que vence ao time que joga bonito. Escreve nesse espaço todas as quintas-feiras.
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