A imprensa e a torcida cobram mais escalações de Galoppo e de Gabriel, uma boa dupla de volantes, assim como de Luan, um filho da casa que passou por problemas enormes e que agora corre para recuperar a melhor forma física e técnica.
Em minha modesta opinião a razão para os dois estrangeiros não serem escalados em muitas partidas até aqui, além do problema de excesso de jogadores não brasileiros, é colocar Nestor e Pablo Maia na vitrine para serem vendidos e ajudarem os cofres tricolores. Vejo quatro jogadores de fora do país como titulares absolutos: Arboleda, Alan, Mendez e Calleri. Orejuela joga pela falta de laterais, já que os dois que poderiam jogar estão no DM. Espero que Nathan seja mais uma opção, ele está crescendo. Hoje, a princípio, tendo a achar que o Galoppo faria mais jogando de 8 do que Pablo, Gabriel, Luan e Nestor. RC declarou recentemente que Galoppo é um segundo volante de origem, mas o escala na frente.
Wellington, assim como Maia e Nestor, também está na vitrine para ser vendido em breve. Tenho certeza de que o clube “conta” com os recursos destas três vendas para o ano de 2023. Tem uma fila de gente boa para jogar, mas o cofre vazio “manda” no clube hoje em dia, em minha opinião, e é claro que ninguém de dentro vai assumir isso.
Galoppo é o artilheiro do ano e acho que poderia substituir David, que pode ser mais um a entrar no segundo tempo de algumas partidas. A melhor posição para o argentino bom de bola jogar é coisa para o treinador. O Luan é um 5, disputa com o equatoriano Méndez, um cara que chegou e tomou conta da posição. O Gabriel é também um 5 ou 8. O Nestor é um meia, não possui muito poder de marcação, apesar de jogar como segundo volante em muitas partidas. O treinador tem as preferências dele para estas posições, não precisamos sair queimando todo mundo, principalmente o treinador. Vejo evolução no trabalho do RC ao vê-lo escalar dois volantes, que deixaram a defesa mais protegida, por exemplo. O time tem a segunda melhor campanha até aqui, o que não é pouco.
Talvez RC seja “obrigado” a escalar o Galoppo, montando um time diferente do que estávamos vendo antes das contusões. Pode acontecer dele jogar de 10 centralizado e Luciano ir para o lugar do David na frente. O W Rato não pode sair do time, assim como Calleri. RC vai quebrar a cabeça e sacar o David ou o Pablo para Galoppo entrar, é isso que estou percebendo. Mas a torcida e a imprensa sensacionalista não devem iniciar um movimento de “exigir” escalação de algum jogador, isso é errado. O jogador conquista seu espaço no time, como ocorre com o Galoppo e pode ocorrer com outros.
Eu entendo que todo jogador quer estar no time titular, por muitas razões, mas clube grande tem elenco numeroso e de qualidade, fazendo a titularidade não ser coisa “obrigatória”. Aliás, quem pode garantir a Luan e a outro jogador que ele sairá do SPFC e será titular em outro clube? Eu o vejo na reserva hoje em função das contusões gravíssimas que ele teve. O que o treinador vai fazer, e já iniciou, é colocá-lo em quase toda partida. Com a possibilidade de 5 trocas por jogo, poupar jogadores ficou mais fácil, e hoje o futebol é muito intenso dentro de campo, ou seja, realizar as 5 trocas em toda partida está virando regra, oportunidade para 5 destaques que não entraram desde o início.
Na partida de ontem contra a fraca Inter de Limeira, o treinador aproveitou para dar minutos a gente que chegou agora e a gente que se esforça nos treinos, casos de Caio Paulista, Nathan, Gabriel e Luan. É estratégico que vários “reservas” estejam em boa forma física e técnica, já que nunca se sabe quando precisarão entrar. Só não precisa fazer bico por ser substituído ou por não jogar todas as partidas, afinal, estamos em ambiente profissional, onde o atleta cava seu espaço e o treinador, claro, não pode ter preferidos, apenas escalar os melhores dentro do desenho de time que escolher. Mas o cofre manda…
Salve o tricolor paulista, o clube da fé.
Carlito Sampaio Góes
