Salve nação tricolor.
Vivemos a era digital, compartilhada com nossos sentimentos, emoções e lembranças, da vida real na arquibancada.
A diferença é que no Morumbi ou em qualquer outro estádio, somos um entre milhares. Nas redes sociais, somos conhecidos entre milhões. Com um detalhe, a internet é fria e nunca mostra, quem realmente somos.
Segue aqui, o meu relato de quem ama o São Paulo, desde o escudo na porta da maternidade, junto de uma luvinha de boxe. Nascia um neto e filho de são-paulinos.
Aproveito até pra comentar que a narrativa é cópia de uma resenha que tive com um desses torcedores, que gostam de me atacar na redes sociais. O conheço? Não. Fiz algo pra ele? Não. Mas o mundo virtual é assim, aí o real pode transformar isso em algo melhor. Ou não. Comecei no estádio em 1979, levado pelo meu pai, que era viciado em Morumbi. 80 vi meu primeiro título da cativa, mas éramos aquela família que ia em todo jogo, fosse clássico ou São Paulo x Francana, sempre com os mesmos 2000 no estádio. Era o tempo da torcida de final, que a do São Paulo representava. No Morumbi com meu velho, vibramos com a Máquina Tricolor do bi 80/81 e sofremos com Baltazar e com as sofridas perdas do tri em 1982, além de 1983. Veio a transição no time. Nasciam os Menudos do Morumbi, que assombrariam o futebol paulista e brasileiro. O orgulho da glória voltaria. 86 entrei na Dragões ainda adolescente, 89 fui pra Independente onde fiquei até aquele fatídico 95. O futebol ganhava contornos de violência lastimáveis. Não eram só as glórias de Telê e os jogos de mais de 100 mil no Morumba, que me acompanhavam. Estava no campinho do Nacional, em 1992, quando morreu o garoto da Gaviões, naquele incidente deplorável de surrealismo. Nas caravanas que fazia com a torcida, a vibe era misto de emoção e tensão. Com a proibição das torcidas, saí das TOs. Depois comecei a assistir jogo na minha, perto do refletor, período que conheci um pessoal show de bola, no fim dos anos 90. Me chamavam de Carlos Miguel na época. Fui nessa pegada até 2011, qdo fiz parte da criação da rádio SPFC Digital e assisti 3 anos seguidos na inferior, nos estúdios em parcerias com o Santo Paulo, Nobel e Stadium. 2013 sai da rádio e meu pai tricolor contraiu câncer, tempo onde fiquei 1 ano com ele internado, na fé, interrompendo jogos no Morumbi mas sempre com o jornal do lado, acompanhando tudo. Ah sim, sendo massacrado pelo meu apoio ao Aidar, um puta presidente do passado que acabou traindo a confiança de todos nós. Ali haters começaram a querer destruir minha imagem no Twitter, sem jamais conseguir. Deus é sempre mais. A Cruz Sagrada Seja Minha Luz. Meu velho teve alta, hoje quando colo no estádio, levo um senhor apaixonado pelo SPFC de 79 anos, ostomizado, de bengala, mas louco pelo Tricolor feito o filho. Foi promessa que fiz pela alta dele, ele estar, sempre que possível, comigo nos jogos, quando pudermos ir. Quando não estava comigo nesses últimos anos, é porque eu estava cobrindo tudo do Tricolor, CT 2015 (apoio antes do Santos), CT 2016 (o protesto da dita invasão), CT 2017 (a bela escolta). Ou quando saio das gravações do Opinião Tricolor e vou direto pro Morumbi, que é ao lado da nossa produtora. Hoje não quero saber de situação ou oposição, apesar do meu apoio ao multi-campeão Pimenta, derrotado pelo sempre perdedor Leco. O sofrimento como nunca antes sentido pela nação tricolor, tem nome e sobrenome: conselho do clube. Os dois lados da política são-paulina tem podridão (sendo justo, há também as exceções dos brilhantes), seja como for, hoje só quero a profissionalização do clube, senão estamos fodidos. Somado a era de desmandos, um aparelhamento surreal de blindagem de fracassos. Os “super são-paulinos” que, sinceramente, não sei como dormem com a consciência em paz, diante de suas benesses. Sim, esta coluna tem palavrão que é como se fosse o nosso papo reto de arquibancada. Não é linguagem rebuscada que posso fazer, como formado em Direito que sou. SPFC, que perdeu 34 dos 35 últimos campeonatos, com os mesmos no poder. Meu bom combate é esse, somado aos cerca de 600 a 700 jogos que fui no Morumbi/Pacaembu na vida e outros cerca de 200 a 300 fora de SP, em 37 anos com o Tricolor. Alguns destes, sem perder um jogo sequer, época que o SPFC fazia mais de 80, 90 partidas, por ano, como em 1992 e 1993. Hoje em dia, jogador reclama de cansaço, com 65 jogos na temporada. Saudades eternas do passado… viva Telê. Acima de tudo, esta coluna é um MUITO OBRIGADO por você que acredita na minha luta, de um simples torcedor, apresentador e blogueiro, que conheceu o SPFC imbatível, temido e vencedor e o quer de volta, para as gerações de crianças e jovens, que só ouviram falar de quão grandes éramos…claro, para nós mesmos também, que hoje somos inconformados com a destruição que a perpetuação do poder fez ao Tricolor. A você, meu inimigo ou hater, apenas a mensagem, busque valores elevados e saiba que o seu problema comigo é só seu, não meu. No mais, saudações tricolores. Salve o Tricolor Paulista! Carlos Port |
Saudações Tricolores.
Carlos Port, idealizador do projeto Opinião Tricolor. Dois bacharelados na profissão de administrador, especialização em comunicação, neto e filho de são-paulinos, paulistano, patriota. No Twitter: @carlosport
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É isso ai, opinião deve sempre ser respeitada, todos aqui tem a paixão pelas mesmas cores, comemoram as mesmas conquistas de um time com uma história maravilhosa. Tenho certeza que tudo vai passar, logo seremos novamente campeões e vamos tirar sarro dos adversários como fizemos no passado.
Na minha opinião não existe apenas um fator que levou nosso Tricolor à lama, mas com certeza a falta de amor pelo clube, a vaidade dos nosso diretores e principalmente o interesse pessoal pela grana nos derrubaram.
Muito bom! em parte retrata a minha vida acompanhando o Tricolor no auge com Cilinho, Tele Santana e no fracasso com essas merdas que infestam o comando desde Juvenal Juvencio e agora essa bosta de presidente, um time com a grandeza do nosso grande São Paulo sendo triturado e destruido por essa cambada de aproveitadores velhos rabugentos e uma Múmia que sugou tudo que podia.