Torcedor batiza filho como Rogério Ceni e sonha em conhecer ídolo

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Fonte: Gazeta Esportiva – Tossiro Neto

O Estádio Doutor Hermínio Ometto, em Araras, onde Rogério Ceni fez seu primeiro gol de falta, em 15 de fevereiro de 1997, fica a menos de quatro quilômetros de distância do hospital onde nasceu, em 19 de novembro do ano passado, Rogério Ceni Batistella Alves. Dar ao filho o nome do goleiro-artilheiro de 42 anos é apenas uma das “loucuras” do fanático Pascoal Rodrigo Alves, que promete tatuar a assinatura do ídolo caso consiga conhecê-lo pessoalmente.

“Já avisei minha esposa. Se eu conseguir conhecê-lo e pegar um autógrafo, vou tatuar no braço”, diz o vendedor de 31 anos, que tinha 14 quando foi levado pelo pai ao Herminião para ver aquela vitória do São Paulo por 2 a 0 sobre o União São João de Araras – ocasião em que, como agora, Muricy Ramalho era o técnico.

Mesmo não ligando muito para futebol, a também são-paulina Danielle Aparecida Batistella não se incomoda com o fanatismo do marido. Até tentou, com ajuda de pessoas próximas à família, demovê-lo da ideia de registrar o filho com o nome do jogador, mas acabou sendo convencida. “No começo, ela não gostou muito. O pessoal me achou meio louco, mas não teve como. Quando descobri que ela estava grávida, já estava decidido que, se fosse menino, seria Rogério Ceni. Ela escolheria o nome se fosse menina”, diverte-se Pascoal.

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Montagem sobre fotos

São-paulino viu no estádio o primeiro gol de falta de Rogério Ceni e registrou o filho com o nome do goleiro

“Por que não apenas Rogério?”, aconselhavam os amigos. “Rogério é muito comum. Eu queria Rogério Ceni mesmo”, justifica o torcedor, que recusou todas as sugestões comuns que recebeu e decidiu prestar homenagem ao goleiro que mais gols marcou na história do futebol (124, um deles na atual temporada, em cobrança de pênalti) e que conquistou uma série de títulos como capitão do time tricolor, entre eles o Mundial de Clubes de 2005, com atuação memorável na final contra o Liverpool.

“Aquela atuação foi a mais marcante na carreira dele, mas ele continua ótimo. Fez jogos muito bons no ano passado e, neste ano, salvou o time contra o Santos. Espero que ele fique até o final do ano, porque é um mito. Significa tudo para nós, são-paulinos”, analisa o fã, alvo constante de provocação dos colegas que torcem para rivais. “Falam que meu filho vai virar corintiano quando crescer. Jamais, não tem como. Ele vai entender o que é o São Paulo”.

Para que o pequeno Rogério Ceni não se torne corintiano, palmeirense ou santista, o pai o enche de adereços do São Paulo desde a maternidade. “Assim que ele nasceu, já colocamos um macacão vermelho do São Paulo, com a faixa de capitão na manga. A enfermeira até comentou que poderia sujar a roupinha, mas pusemos mesmo assim”, conta, rindo.

O sonho de Pascoal é ter em casa um pôster com uma fotografia dos dois Rogérios Cenis juntos, ídolo e filho. Ele tentará realizá-lo no domingo, quando o São Paulo joga em Rio Claro, cidade próxima a Araras, e o ídolo chegará a 1.194 partidas pelo clube.