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Lateral-esquerdo ressaltou a importância dos diálogos com o técnico do São Paulo durante os treinos e endossou as cobranças por mais conversa entre os próprios atletas em campo
LANCEPRESS! – São Paulo (SP)
Na entrevista coletiva após o 1 a 0 sobre o San Lorenzo (ARG), Muricy Ramalho revelou que o treino da última terça-feira foi baseado muito mais em conversas com os jogadores do que com trabalhos táticos específicos. Nesta quinta-feira, o lateral-esquerdo Carlinhos não só confirmou a versão do técnico, mas também ressaltou que o método pode ser essencial para o São Paulo melhorar na temporada.
– Com ele é sempre assim, diálogo aberto. Nesse treino ele deixou os jogadores se expressarem, conversarem. É válido isso, faz parte. É muito bom saber que o treinador deixa o jogador falar. É sempre válido, tanto nos momentos em que o time estiver bem quanto quando o time não estiver. É sempre bom saber o que o companheiro tem a falar – destacou.
Com apenas quatro jogos pelo São Paulo desde que chegou do Fluminense no fim do ano passado, Carlinhos reconhece que ainda não conhece muito os companheiros como gostaria, mas já identificou um problema que Muricy Ramalho tem reclamado bastante em 2015. Se sobra nos treinos táticos com o treinador, a conversa falta durante os jogos entre os atletas.
– Todo mundo tem que falar um pouquinho dentro de campo, não é só ter um líder. Desde o Rogério Ceni, zagueiro, volante, meia… Alguns não falam muito, então você tem que instigar. Às vezes o cara está atrás e está vendo melhor. Assim as coisas acontecem mais naturalmente. Todos queriam que o Kaká estivesse aqui. Mas já temos o Rogério Ceni. O problema é que precisamos de mais gente e de falar mais, dar uma dura para acordar – receitou.
– O Rogério mesmo procura conversar comigo, falar sobre o treino, sempre querendo uma melhora de cada um. Ele sabe que no futebol só o 100% não dá mais, tem que doar mais do que isso. Ele cobra, conversa e tenta tirar isso do atleta. Ele sempre conversa antes do jogo e o assunto foi que nós não poderíamos deixar para o amanhã. Tinha que ficar tudo dentro do campo, resolver. Era ali, focamos nisso, concentração total. Foi o que nos ajudou a concentrar mais ainda – disse.