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Na antiga casa palmeirense, goleiro do São Paulo tem mais vitórias do que derrotas, já fez gol em Marcos e deu tapa em Valdivia; relembre algumas histórias
Goleiro e capitão do São Paulo, Rogério Ceni tem 42 anos e 1.199 jogos na carreira, oito deles no antigo Palestra Itália. Nesta quarta-feira, o capitão tricolor fará sua estreia na nova arena do Palmeiras – às 22h, pela 12ª rodada do Campeonato Paulista.
Sua partida de número 1.200 poderá ser a primeira e última no local. Afinal, para enfrentar o Palmeiras novamente no estadual, vai depender dos resultados conquistados na reta final da fase de classificação e nos mata-matas. Pelo Campeonato Brasileiro, o duelo na casa alviverde está marcado para 28 de junho. Resta saber se o goleiro estará presente.
Oficialmente, ele tem vínculo até 5 de agosto, mas muito se fala que o futuro do atleta será definido com a campanha são-paulina na Taça Libertadores da América. Caso o time não vá muito longe, há quem aposte que o camisa 1 antecipará o final do contrato.
Ceni enfrentou o Palmeiras sete vezes no Palestra Itália e tem bom aproveitamento: foram três vitórias, dois empates e duas derrotas. O GloboEsporte.com reúne abaixo algumas das histórias de Ceni no antiga casa palmeirense. Confira:
Ceni jogou no Palestra em duelo que não foi contra o Palmeiras
O jogo foi contra a Portuguesa, no dia 12 de fevereiro de 1995. Na ocasião, o estádio do Morumbi estava em reformas e não pôde ser utilizado. Ceni fez parte de uma equipe que estava se reconstruindo após o vice-campeonato da Libertadores no ano anterior. A escalação foi a seguinte: Rogério Ceni; Cláudio, Júnior Baiano, Rogério Pinheiro e André; Axel, Donizete, Palhinha (Catê) e Sierra (Caio); Juninho e Bentinho. No fim, a Lusa venceu por 2 a 1 e o único gol do São Paulo foi marcado pelo atacante Caio, hoje comentarista da TV Globo.
Vitória no Palestra em jogo válido pela Libertadores
O São Paulo conquistou em 2005 o tricampeonato do torneio mais importante do continente. E um dos grandes jogos daquela conquista ocorreu no dia 18 de maio de 2005, quando o Tricolor, com um golaço de Cicinho e boas defesas de Ceni, venceu o Palmeiras por 1 a 0 no Palestra Itália.
A escalação daquela partida foi a seguinte: Rogério Ceni; Cicinho, Lugano, Fabão e Júnior; Renan, Mineiro, Josué e Danilo; Grafite (Diego Tardelli) e Luizão (Edcarlos). No jogo de volta, a equipe ratificou sua classificação ganhando por 2 a 0.
Episódio gás de pimenta na semifinal do Paulista
Tricolores e alviverdes disputaram uma vaga na final do Paulistão de 2008 no dia 20 de abril. O São Paulo tinha a vantagem do empate por ter vencido na ida, no Morumbi, por 2 a 1. No intervalo da partida, jogadores, funcionários e membros da diretoria do Tricolor acusaram alguém do Verdão de ter disparado um spray com gás de pimenta no vestiário da equipe. O jogo recomeçou com atraso, e o caso foi parar nos tribunais. Julgado, o Palmeiras foi punido com a perda do mando de um jogo e ainda multado em R$ 10 mil. Ninguém foi responsabilizado pelo episódio.
Agressão a Valdivia na mesma partida
Com o episódio ocorrido no intervalo, os ânimos ficaram acirrados na etapa complementar. Para complicar ainda mais, uma forte chuva caiu no estádio Palestra Itália. A partida ficou paralisada após uma queda de energia e, durante confusão, o goleiro deu um tapa na cara do chileno, mas não foi expulso.
Valdivia não quis nem saber e marcou um dos gols da vitória por 2 a 0, que garantiu a classificação palmeirense. Na hora da comemoração, provocou bastante, sendo empurrado pelo zagueiro Miranda. Nada que estragasse a festa alviverde.
Gol de pênalti diante de um dos seus maiores fregueses
Ainda em 2008, as duas equipes voltariam a se enfrentar no Palestra, desta vez pelo Campeonato Brasileiro, no dia 19 de outubro. A partida terminou empatada por 2 a 2. Ceni abriu o placar em cobrança de pênalti, com muita categoria. O goleiro alviverde era Marcos, que já havia sido vazado por Ceni outras três vezes: no Paulistão de 99 (4 a 4), no Rio-São Paulo de 2002 (2 a 2) e na Libertadores de 2005 (2 a 0). Vale lembrar que o Palmeiras é, ao lado do Cruzeiro, o time que mais sofreu gols de Rogério Ceni na história: sete.