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O elenco do São Paulo chega ao Uruguai nesta terça-feira, treina no acanhado estádio Luis Franzini, em Montevidéu, e entra em campo na quarta, às 22h, contra um adversário que não somou pontos na Libertadores e ainda deve jogar com um monte de reservas. O excesso de condições favoráveis para a soma de três pontos chega a assustar, mas então que se acrescente mais uma à conta: o Tricolor jogará “em casa” na busca dos primeiros três pontos entre seis que vão decidir sua vida na Copa Libertadores de 2015.
A relação íntima do São Paulo com o Uruguai não é nenhuma novidade. Já passou por ídolos do passado, como Pedro Rocha, Pablo Forlán e Dario Pereyra, e ícones da raça, como Diego Lugano e Alvaro Pereira. Todos deixaram um legado de batalhas e conquistas. O último também deixou uma frase que sintetiza a adoração dos são-paulinos pelos uruguaios e o sentimento de pertencimento dos uruguaios ao Tricolor.
– Fora do Uruguai, o São Paulo é o time mais uruguaio do mundo – disse o lateral-esquerdo, sabedor de toda essa influência, logo em sua apresentação ao clube.
O São Paulo já teve 18 jogadores uruguaios em sua história, mas a relação vai muito além dos números. O primeiro registro data de 1930, com a contratação de Emilio Armiñana para um dos primeiros esquadrões. Depois, a relação e intensificou em 1950, quando a seleção uruguaia se hospedou no Canindé, que era propriedade do Tricolor, e até utilizou os serviços de uma cozinheira do clube. Mais tarde, em 1974, São Paulo e Uruguai duelaram em amistoso no estádio Centenário e o clube brasileiro levou a melhor com um gol de… Pedro Rocha, o ídolo uruguaio.
Sem nenhum uruguaio no elenco atual, o Tricolor tentará fazer valer sua soberania em confrontos diante de clubes do país: até hoje foram 29 partidas, com 18 vitórias, quatro empates e sete derrotas, além de 57 gols marcados e 30 sofridos. Em busca da classificação às oitavas da Libertadores, terá pela frente um rival que dá atenção total ao Campeonato Uruguaio e ainda vive problemas nos bastidores, com a operação de câncer de um de seus principais jogadores na noite desta segunda-feira.
O SP abriu mão de ter uma zaga com A. Pereira e Lugano para ficar com caras que tremem diante de Dudu num paulistão… A diretoria está esquecendo o lado da garra, da liderança, e hoje nosso time não tem nenhum líder em campo depois da saída de Kaká. Agora o Ataíde Gil Guerreiro vem falar que não sabe porquê os atletas não estão correndo… Porque não basta ter jogador refinado, precisa também de caras como os uruguaios que incendeiam o time. Quero só ver quem é que nesse elenco, numa final de libertadores contra um time argentino, vai peitar o adversário e chamar a responsabilidade… Rafael Toloi, Ganso, Pato?