Há dez anos, a América era tricolor pela terceira vez

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O dia 14 de julho é especial para a torcida tricolor! Há exatos dez anos, no Morumbi, em noite que certamente está eternizada na memória de cada são-paulino, o clube ergueu pela terceira vez o troféu da Libertadores da América. A goleada sobre o Atlético-PR, por 4 a 0, encerrou com chave de ouro a participação da equipe na maior competição do continente. Com estádio lotado e muita festa nas arquibancadas, os comandados do técnico Paulo Autuori se credenciaram para buscar o título do Mundial, que viria em dezembro.

Motivado por regressar à Libertadores em 2004, após dez anos sem disputá-la, o Tricolor chegou às semifinais, sendo eliminado no último minuto pelo Once Caldas, da Colômbia, futuro campeão. O feito deixou água na boca. O Tricolor não se contentou. Ao fim do Brasileirão de 2004, um terceiro lugar e vaga mais uma vez garantida na competição internacional. Agora, era preciso ser campeão!

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Com atletas experientes, como Mineiro e Josué, volantes, e o centroavante Luizão, além do capitão Rogério Ceni, o São Paulo montou um time forte e competitivo, que mais tarde ainda contaria com o goleador Amoroso. O Tricolor engrenou, conquistou o Campeonato Paulista daquele ano e ganhou ainda mais força para continuar a história que começou com as com as conquistas de 1992 e 1993.

A campanha vitoriosa da equipe começou na Bolívia, no empate em 3 a 3 com o The Strongest. Ainda na fase de grupos, o São Paulo acumulou mais dois empates (Quilmes-ARG e Universidade do Chile-CHI), além de três vitórias (The Strongest-BOL, Quilmes-ARG e Universidade do Chile-CHI).

Na fase seguinte, as oitavas de final, um clássico paulista fez parte da trajetória do Tricolor na Libertadores daquele ano. O lateral-direito Cicinho foi o grande destaque ao marcar dois gols nas duas vitórias sobre o Palmeiras (1 a 0 e 2 a 0).

Já nas quartas de final, o São Paulo mediu forças contra o Tigres-MEX. No duelo de ida, o goleiro Rogério Ceni fez dois gols na goleada por 4 a 0. Na volta, nem mesmo a derrota por 2 a 1 evitou que o São Paulo avançasse para as semifinais do torneio e mantivesse o sonho do tri vivo.

O adversário foi o tradicional River Plate-ARG, veio ao Morumbi disposto a estragar a festa torcida são-paulina. No entanto, a força argentina não foi o suficiente para segurar o grande time tricolor. Com gols de Danilo e Rogério Ceni, os brasileiros venceram por 2 a 0. E na casa do rival, nova vitória do São Paulo, desta vez por 3 a 2, com gols de Danilo, Fabão e Amoroso.

Enfim, em um novo confronto brasileiro, o clube conseguiu chegar ao posto de finalista da Libertadores. De um lado, o bicampeão São Paulo. Do outro, o estreante Atlético-PR, que se esforçou, mas não conseguiu impedir que os torcedores tricolores pudessem festejar mais um capítulo vitorioso de sua história!

A única vez que São Paulo e Atlético se enfrentaram fora de seus estados foi na decisão da competição internacional. Como a Arena da Baixada não atendia a exigência mínima de capacidade, o primeiro jogo foi disputado no Beira Rio. Com o empate por 1 a 1 em Porto Alegre e a vitória por 4 a 0 na capital paulista, o Tricolor ficou com a taça.

71.986 pessoas presenciaram mais um show no Templo. Não o de alguma banda famosa, mas do “Time de Guerreiros”, como ficou conhecida a equipe Tricampeã da Libertadores da América. Rogério Ceni ergue a Taça e a torcida incendeia aos gritos de “Telê, Telê”!

Confira a campanha do São Paulo:

GRUPO 3

THE STRONGEST (BOL) 3 X 3 SÃO PAULO

SÃO PAULO 4 X 2 UNIVERSIDAD DE CHILE

QUILMES 2 X 2 SÃO PAULO

SÃO PAULO 3 X 1 QUILMES

UNIVERSIDAD DE CHILE 1 X 1 SÃO PAULO

SÃO PAULO 3 X 0 THE STRONGEST

OITAVAS DE FINAL

PALMEIRAS 0 X 1 SÃO PAULO

SÃO PAULO 2 X 0 PALMEIRAS

QUARTAS DE FINAL

SÃO PAULO 4 X 0 TIGRES

TIGRES 2 X 1 SÃO PAULO

SEMIFINAL

SÃO PAULO 2 X 0 RIVER PLATE

RIVER PLATE 2 X 3 SÃO PAULO

FINAL

ATLÉTICO-PR 1 X 1 SÃO PAULO

SÃO PAULO 4 X 0 ATLÉTICO-PR

 

14.07.2005

São Paulo (SP)

Estádio Cícero Pompeu de Toledo, Morumbi

SÃO PAULO Futebol Clube 4 X 0 Clube ATLÉTICO PARANAENSE

SPFC: Rogério Ceni (capitão); Fabão, Diego Lugano e Alex; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Junior (Fábio Santos, 40’/2); Amoroso (Diego Tardelli, 33’/2) e Luizão (Souza, 28’/2). Técnico: Paulo Autuori.

Gols: Amoroso, 16’/1; Fabão, 7’/2; Luizão, 25’/2; Diego Tardelli, 43’/2.

CAP: Diego; Jancarlos, Danilo, Durvão e Marcão (capitão) (Fernandinho, 15’/2); Cocito, André Rocha (Alan Bahia, 37’/2), Evandro e Fabrício; Lima (Rodrigo, 15’/2) e Aloísio. Técnico: Antônio Lopes.

Árbitro: Horacio Marcelo Elizondo (Argentina)

Assistente 1: Rodolfo Otero (Argentina)

Assistente 2: Juan Carlos Rebollo (Argentina)

Renda: R$ 3.026.395,00

Público: 71.986 pagantes