UOL
Guilherme Palenzuela
Rubens Chiri/saopaulofc;net
Júnior Chávare mudou observação e captação em Cotia, e participava de decisões do futebol profissional
O diretor de futebol de base José Alexandre Médicis e o gerente de futebol de base Júnior Chávare pediram demissão e não fazem mais parte do São Paulo. Chávare foi o primeiro a pedir desligamento do clube, há três semanas, por um problema pessoal e acarretou na saída de Médicis, diretor estatutário, não remunerado, que justifica o pedido de destituição por “motivos de filosofia de trabalho”.
O favorito para ocupar o lugar de Chávare como gerente executivo, remunerado, era até a última terça-feira Rafael Botelho, ex-dirigente da Traffic e que desde janeiro ocupa o cargo de diretor de relações internacionais no São Paulo. Botelho foi contratado por Aidar para ser gerente de futebol profissional e teria entrado em janeiro no cargo então ocupado por Gustavo Vieira de Oliveira. O vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro, no entanto, barrou a troca de funcionários naquele momento, e na última terça-feira não viu Botelho entusiasmado com a possibilidade.
Ataíde Gil Guerreiro agora fará nova rodada de entrevistas para escolher o sucessor de Chávare no cargo. Quando contratou o ex-gerente, Ataíde entrevistou 18 profissionais. Rodolfo Canavesi, superintendente de futebol do Desportivo Brasil, clube que pertencia à Traffic e que hoje é de propriedade do Shandong Luneng, da China, é o nome mais cotado neste momento.
Chávare revolucionou métodos de observação e captação de atletas, reduziu custos em Cotia e vinha trabalhando integrado ao futebol profissional – ele participou, por exemplo, do estudo de perfil que selecionou Juan Carlos Osorio como técnico ideal para trabalhar em um São Paulo sem verba para investir em reforços e dependente de revelar jogadores.
Nas próximas semanas o São Paulo deve definir o novo executivo de futebol de base e também o novo diretor estatuário – este, um conselheiro – que ocupará o cargo deixado por José Alexandre Médicis.