GloboEsporte.com
Diego Ribeiro e Marcelo Prado
Com filosofias diferentes, técnicos de São Paulo e Corinthians tentam sair da mesmice ao armar suas equipes. Majestoso deste domingo, no Morumbi, será duelo tático.
Juan Carlos Osorio e Adenor Leonardo Bacchi, o Tite, só terão a idade e a fala mansa em comum quando São Paulo e Corinthians se enfrentarem no próximo domingo, às 16h (horário de Brasília), no Morumbi. O colombiano que assumiu o Tricolor em junho vai completar 54 anos nesta quinta-feira, mesma idade que o corintiano atingiu em maio passado. Fora isso, os dois tentam inovar de maneiras diferentes.
Será o primeiro duelo entre Osorio e Tite. O corintiano busca repetição, movimentos automáticos e a consolidação de um esquema que tornou sua defesa a melhor do Campeonato Brasileiro. O são-paulino, por sua vez, preocupa-se com o ataque e quer que até os zagueiros tenham qualidade com a bola nos pés.
O colombiano tem forte influência da Inglaterra, enquanto o brasileiro busca exemplos de Itália e Alemanha para montar seu time. As diferenças serão colocadas em prática no domingo, quando os dois clubes rivais disputação posições na parte de cima da tabela do Brasileirão.
O GloboEsporte.com dissecou os detalhes do método de trabalho de Osorio e Tite. Confira abaixo as (poucas) semelhanças e (muitas) diferenças entre os dois técnicos.
tática
Osorio – Em sua apresentação, Osorio avisou que seu esquema preferido é o 3-4-3, com três zagueiros, quatro peças no meio-campo e três homens ofensivos, dois de velocidade abertos pelas pontas e uma referência. No entanto, ele tem adaptado o estilo da equipe de acordo com o adversário. No Brasileiro, o São Paulo já jogou no tradicional 4-4-2, no 4-2-3-1 com centroavante, no 4-2-3-1 sem homem de referência (função ocupada por Ganso ou Centurión), no 4-5-1 e no 3-5-2.
Tite – Desde o início do ano, Tite baseia seu plano de jogo num 4-1-4-1 inspirado em observações que fez no futebol europeu – principalmente com o técnico italiano Carlo Ancelotti. A primeira linha de quatro jogadores é muito bem posicionada e precisa na cobertura. Ela é treinada para se manter sempre próxima da linha seguinte, dando assim maior compactação. Quando um dos meias não pode jogar, o técnico varia o esquema para o 4-2-3-1, com dois jogadores leves abertos pelas pontas.
estilo de jogo
Osorio – Adepto da escola inglesa, onde trabalhou por cinco temporadas, o colombiano gosta que zagueiros e volantes tenham mais participação dentro de campo. Em todos os treinos ele insiste para que seus defensores conduzam a bola até os volantes. A alternativa que ele trabalha exaustivamente é a ligação direta para o ataque com lançamentos sempre na diagonal.
Como a participação dos volantes tende a ser maior, ele evita que seus meias ofensivos voltem tanto para buscar a bola. Ele quer que Ganso e Michel Bastos, que são os mais escalados, joguem encostados no atacante de referência da equipe.
Tite – O corintiano começa a armar seu time pelo meio-campo, que tem muita qualidade na saída de bola – principalmente depois da entrada de Bruno Henrique na equipe titular no lugar de Ralf. É esta faixa do gramado que o técnico considera a mais importante no futebol moderno. A saída acontece por meio de Bruno e Renato Augusto, que volta bastante para buscar jogo e conduzir a bola até Jadson e Elias, de armação e infiltração, respectivamente.
Outra saída é pelas laterais, com Fagner e Uendel. Ambos gostam de apoiar o ataque, e por isso os movimentos são bem treinados e coordenados. Triangulações ainda acontecem, mas eram mais comuns quando Emerson e Guerrero estavam no time. A defesa é pouco vazada por causa do comprometimento dos homens de frente, que fazem marcação alta e impedem que a bola chegue facilmente ao ataque adversário.
treinamentos
Osorio – Quando a semana é livre, Osorio sempre dá folga aos atletas no segundo dia após os jogos. Segundo ele, é comprovado que o atleta precisa de repouso no segundo dia, porque o desgaste é maior. Além disso, quando a equipe só joga aos finais de semana, ele sempre fecha os treinos de quinta e sexta-feira por uma hora. Nesse tático sem os jornalistas, ele trabalha todas as variações que pensa para a partida. No último dia antes do jogo, coloca em ação a opção escolhida.
Tite – O técnico não é de mistérios, e por isso nunca fechou um treino desde que voltou ao Corinthians, em janeiro. O método de trabalhar é claro: treinos técnicos em campo reduzido são constantes para que os jogadores tenham pouco espaço e sejam exigidos a tomar decisões. Tite tenta fazer o Corinthians recuperar seu movimento “automático”, sem pensar, com cada jogador sabendo onde o companheiro vai estar. Desde o início da semana, costuma colocar em campo o time que vai jogar no domingo seguinte. A ideia é repetir o time o máximo possível neste momento de reconstrução.
Conversa com os jogadores
Osorio – Nos trabalhos do dia a dia, o treinador é sempre muito participativo. Quando vê algo errado, para imediatamente e orienta, explica o que espera de cada atleta, postura que é elogiada pelos jogadores. Durante os treinos é comum ele puxar um atleta para conversar. Na saída de campo, sempre brinca com a bola e mostra intimidade.
Tite – O corintiano ganha seus elencos na base da confiança e transparência. Quando troca jogadores na formação titular, chama todos os envolvidos para uma conversa – quem sai e quem entra. Durante a atual passagem do técnico pelo Corinthians, nomes menos utilizados até reclamam da falta de oportunidades. Mas sempre ressaltam a honestidade do comandante. A proximidade é muito maior do que o elenco tinha com Mano Menezes.
O Osório só precisa olhar melhor para o que cada jogador faz. Não tem como ganhar nada com o Cenil e o nervosinho de perna dura no time.
Vamos renovar de verdade, tire esse Cenil e LF9 para voltarmos a ganhar, senão nem campeonato de bolinha de gude a gente leva!!!
Sem o Pipoca para atrapalhar nossas chances aumentam, o duro são os chutes no nosso gol.