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Tossiro Neto
Desfalque do meia Paulo Henrique Ganso, que não atuou devido a dores no joelho direito, deixa a equipe sem poder de criação diante da Chapecoense, no Morumbi.
O placar inalterado do Morumbi, nesta quinta-feira, fez justiça ao que foi o duelo entre São Paulo e Chapecoense. “Um jogo mais ou menos”, analisou Rogério Ceni, que voltava à equipe depois de cinco jogos e não gostou do que viu. O que ele não viu – e gostaria de ter visto – foi Paulo Henrique Ganso em campo. Desfalque, o meia fez muita falta ao time, que pouco criou e finalizou seis vezes (uma a menos do que o adversário, inclusive), só uma com perigo.
O descontentamento do capitão foi visível antes mesmo de sua entrevista pós-jogo. Durante os 90 minutos, ele foi à intermediária ao menos três vezes para tentar armar a equipe. No segundo tempo, correu para pegar bola fora de campo e adiantar cobrança de lateral. Esforço que não foi compensado.
Se o camisa 10 estivesse em campo, provavelmente isso não seria necessário. Como não estava, a opção do técnico Juan Carlos Osorio foi deixar a armação a cargo de Carlinhos. O volante Wesley ficou encarregado de ajudá-lo, mas, assim como o lateral-esquerdo improvisado, também foi substituído na etapa final por não atender às expectativas. Outra alternativa do colombiano foi colocar um atacante a mais (Rogério) e pedir bola na área.
Não demorou muito para que a torcida se irritasse e começasse a vaiar. Nem mesmo o anúncio de gol sofrido pelo Flamengo – a derrota da equipe carioca, somada ao empate no Morumbi, recolocava o São Paulo no G-4 – a animou. Osorio, inclusive, queixou-se do comportamento visto na arquibancada. Mas a recíproca foi verdadeira, professor.
BOLA MURCHA
Não é piada: a bola com que os dois times jogaram estava murcha literalmente. O árbitro foi avisado e mostrou habilidade ao chutá-la em direção ao quarto árbitro.
PRIMEIRO CHUTE A GOL
Demorou muito para sair a primeira finalização da partida. Foi aos 17 minutos, quando a zaga da Chapecoense rebateu um cruzamento de Wesley, e o próprio volante emendou de primeira, para boa defesa do goleiro Danilo.
CENI DE LÍBERO
A falta de criatividade tirou a paciência de Rogério Ceni ainda na metade do primeiro tempo. Diante de um adversário fechado no campo de defesa, o goleiro-artilheiro foi até a intermediária para fazer um longo lançamento. Ele repetiu isso mais duas vezes na segunda etapa.
apertou, espanou
Em um raro momento no qual o ataque são-paulino pressionou a saída de bola, assustou o goleiro Danilo, que fez a escolha mais simples diante da chegada do lateral-direito Bruno, tocando a bola pela lateral.
NA HORA H
De volta após sete jogos, Luis Fabiano teve atuação apagada. Não só pela ausência de um armador no São Paulo, mas também pela boa marcação feita pela defesa da Chapecoense. Como aos 33 minutos, quando recebeu de costas, girou e foi travado no momento do chute.
NÃO, CENI
A exigência de não se desfazer da bola de qualquer jeito quase complicou o São Paulo aos 40 minutos. Rogério Ceni recebeu recuo rente à linha de fundo e fez passe errado. A bola caiu nos pés de Tiago Luís, que finalizou em cima de Lucão. Três minutos depois, o atacante também recebeu cruzamento de frente para o goleiro, mas em condição irregular.
ISSO, CENI
No segundo minuto depois do intervalo, o goleiro são-paulino fez boa defesa em arremate de longa distância de Apodi. O lateral-direito da Chapecoense, que voltou ofensiva no começo do segundo tempo, arriscou de novo minutos depois, mas mandou a bola por cima do gol.
OSORIO MEXE NO TIME
As duas primeiras substituições do treinador (Centurión no lugar de Carlinhos, e Rogério no lugar de Alexandre Pato) foram aos 10 minutos da etapa final, na tentativa de explorar mais as laterais. Dezenove minutos mais tarde, também sacou Wesley para colocar Auro em campo.
NA BASE DO DESESPERO
Diante do insucesso ofensivo, o São Paulo passou a levantar bolas para a área em sequência. Ao todo, foram 24, contra nove da Chapecoense. A menos pior delas foi cabeceada sem grande perigo pelo atacante Rogério.
QUASE O CASTIGO NO FINZINHO
Determinada a não ser vazada, a Chapecoense quase deixou o Morumbi com três pontos. Aos 44 minutos, após rebote de longo lançamento do campo de defesa, a defesa deixou Gil avançar com liberdade, receber toque de calcanhar de Túlio, invadir a área e finalizar cruzado. Para sorte de Rogério Ceni, o chute saiu fraco.