Osorio vai mal fora, mas é rendimento no Morumbi que derruba campanha

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UOL – Guilherme Palenzuela

O São Paulo do técnico Juan Carlos Osorio perdeu por 3 a 0 para o Santos na última quarta-feira, na Vila Belmiro, e viu mais uma derrota atrapalhar a tentativa de chegar perto dos líderes do Brasileirão. Foi a sexta derrota fora do Morumbi do treinador neste campeonato nacional, em dez jogos disputados. A impressão de que é a campanha do São Paulo fica comprometida pelos pontos perdidos longe do Morumbi, no entanto, não se comprova na análise dos concorrentes: entre os técnicos que brigam pelo G-4, Osorio tem um dos piores aproveitamentos em casa.

Desde a chegada do treinador colombiano, o São Paulo jogou nove vezes no Morumbi pelo Brasileirão. Venceu cinco partidas, empatou três e perdeu uma, desempenho que resulta no aproveitamento de 67% dos pontos disputados. Tite, no Corinthians, conquistou 86% dos pontos em casa. Levir Culpi, no Atlético-MG, 72%. Roger Machado, no Grêmio, 80%. Entre os que ainda brigam pelo G-4, o Palmeiras de Marcelo Oliveira conquistou 79% dos pontos em casa, o Atlético-PR de Milton Mendes marcou 69%, e o Santos de Dorival Júnior segue com 100% de aproveitamento.

Os pontos perdidos por Juan Carlos Osorio no Morumbi foram em derrota para o Goiás e empates contra Corinthians, Fluminense e Avaí. Fora de casa, o rendimento é notavelmente ruim, mas ainda melhor que o de Marcelo Oliveira no Palmeiras.

Osorio jogou dez vezes fora no Brasileirão e venceu três, empatou uma e perdeu seis. Marca 33% de aproveitamento longe do Morumbi. O índice de Marcelo Oliveira como visitante pelo Palmeiras é de 26%. Tite tem 56% e Levir Culpi marca 61%. Com índices mais próximos, Roger Machado tem 45%, Milton Mendes, 36%, e Dorival Júnior, 40%.

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No próximo domingo, Osorio terá mais um desafio fora de casa, desta vez contra o Grêmio. O retrospecto de Roger Machado como mandante das partidas mostra que o duelo poderá ser complicado para o São Paulo: com o treinador, o Grêmio venceu oito, empatou dois e não perdeu nenhum jogo em casa.

Ponto que na análise de Osorio tem sido central para entender a oscilação de desempenho do São Paulo é o desmanche do elenco. O técnico foi contratado com a promessa de que a diretoria venderia Rodrigo Caio para aliviar os problemas financeiros, mas viu o clube se desligar de oito atletas. Destes, cinco seriam titulares no planejamento do treinador colombiano: os zagueiros Paulo Miranda, Rafael Toloi e Dória, e os volantes Denilson e Souza. As saídas fizeram ainda com que Osorio desistisse de armar o São Paulo com três zagueiros, no 3-4-3, esquema que chegou a colocar em prática e que via como ideal para a equipe.

O rendimento dos técnicos no Brasileirão (Vitórias, empates e derrotas, e aproveitamento):

Tite – Corinthians
Casa: 10-1-1 – 86%
Fora: 5-5-2 – 56%

Levir Culpi – Atlético-MG
Casa: 9-1-3 – 72%
Fora: 6-2-3 – 61%

Roger Machado – Grêmio
Casa: 8-2-0 – 80%
Fora: 4-3-4 – 45%

Juan Carlos Osorio – São Paulo
Casa: 5-3-1 – 67%
Fora: 3-1-6 – 33%

Marcelo Oliveira – Palmeiras
Casa: 6-1-1 – 79%
Fora: 2-1-6 – 26%

Milton Mendes – Atlético-PR
Casa: 7-4-1 – 69%
Fora: 4-1-7 – 36%

Dorival Júnior – Santos
Casa: 7-0-0 – 100%
Fora: 1-3-1 – 40%

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