O São Paulo demitiu nesta quinta-feira Alexandre Bourgeois, contratado para ser o CEO (Chief Executive Officer) do clube. A justificativa é de que ele não teria apresentado resultados compatíveis após três meses de trabalho. O profissional teria de levar uma proposta de solução aos problemas do Tricolor. A decisão foi comunicada ao empresário Abílio Diniz, responsável por indicá-lo ao cargo no clube. Em breve, o presidente Carlos Miguel Aidar deve anunciar quem assume a função.
Um dos nomes cogitados para entrar no cargo de CEO é o de Paulo Ricardo de Oliveira, presidente da Penalty, ex-fornecedora de material esportivo do São Paulo. A empresa foi substituída pela Under Armour em maio.
Alexandre Bourgeois confirmou a demissão ao GloboEsporte.com, mas disse que só vai se pronunciar sobre o assunto “na hora certa”.
Alexandre Bourgeois chegou ao Tricolor em junho com a missão de chefiar um novo plano de gestão com metas em todos departamentos do clube. O objetivo era reduzir custos, para amenizar a grave crise financeira, e profissionalizar o São Paulo. A dívida total do clube,segundo levantamento do Itaú-BBA, é de R$ 272 milhões.
No fim de agosto, ele entregou sua proposta para reformular o modelo de administração, mas o presidente Carlos Miguel Aidar preferiu adotar a solução apresentada pelo Instituto Áquila, o plano “Pró São Paulo”.
Na prática, o presidente seguirá com o mesmo poder, diferentemente do plano sugerido pelo CEO, no qual o mandatário dividiria o poder da decisão com um Conselho de Administração.
Formado em matemática na Suíça, Bourgeois fez carreira como executivo de bancos nos Estados Unidos, na Inglaterra e no Brasil. Ele nasceu em Paris, na França, e morou por 10 anos no exterior, em seis países diferentes.
Entre 2010 e 2014, foi gestor da Teisa (Terceira Estrela Investimentos), fundo de investimentos que fez negócios com o Santos, participando, por exemplo, da negociação de Neymar com o Barcelona.