Arrume a casa, Leco. E volte pra ela, Muricy

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O amor pelo clube é inegável. Quer um papel na diretoria, Muricy?

 

Por Luiz Felipe Almeida

 

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Antes de mais nada, gostaria de agradecer ao Caíque por fornecer este espaço para compartilhar minhas ideias infelizes, neste momento infeliz. Não é todo dia que um torcedor qualquer pode dar opinião pra tantas pessoas, mas, como a premissa deste blog é essa, agradeço novamente.

 

Sobre o assunto, gostaria de parabenizar o Leco pelas eleições no São Paulo, e tudo o que gostaria de falar sobre prioridades do momento já foi bem dito pelo Caíque em sua carta aberta. Agora é a hora de arrumar a casa, depois pensar no time. Depois que você (ou o Gustavo, se ele voltar mesmo) resolver as coisas, precisamos pensar no futebol. Afinal, vivemos disso.

 

Não vamos falar em técnico. Doriva está aí. Não sabemos até quando dura e vamos ficar bastante tempo com saudades de Osorio, faz parte. Mas precisamos falar sobre ideias. O que precisamos é dar um passo à frente, aproveitar a terra arrasada e construir algo novo com alicerces sólidos. Precisamos estabelecer um modelo para ser aplicado em divisões de base, aumentar a integração entre base e profissional, enfim, algo parecido com o que acontece com o Barcelona e tantos outros lugares. E é aí que entra o nome de Muricy Ramalho. É aí que peço para ele voltar para casa.

 

“Ah, mas você falou que não ia falar em técnico”, verdade, manterei minha palavra. Muricy foi um dos maiores técnicos da história do São Paulo, ganhou quase tudo que podia e seremos eternamente gratos, mas não, não quero ele de técnico. Gostaria muito de ver o Muricy como gerente de futebol, cargo que recentemente ficou vago com a saída de Chimello.

 

Talvez o próprio Muricy queira voltar a ser técnico, como comentou, mas acho que valeria a pena para todos os lados. O ídolo está indo pro final da carreira, apesar de ter dito que se sente renovado. Teve problemas de saúde recentes, então ter um cargo com uma pressão menor pode ser uma boa opção neste momento. Nesta função, ele poderia aplicar os conceitos que viu no Barcelona (e que o deixaram maravilhados), de um modelo de jogo bem definido que vem da base e, desta forma, facilitar a subida para os profissionais.

 

Aplicando este modelo de jogo, escolheríamos técnicos com este perfil escolhido, evitando problemas, como os que tivemos na transição entre Osorio e Doriva. Não quero defender um estilo ou outro, apenas sugerir que agora podemos pensar em fazer a coisa direito, em vez de criar remendos atrás de remendos. Não temos nada, podemos fazer algo.

 

Ah, tem aquela história de que foi o Leco que demitiu o Muricy na primeira passagem, né? E ainda foi ele que não quis sua volta ao clube diversas vezes. Bom, não sei se é verdade. Deve ser, mas agora o Leco chegou como o cara que vai pensar no bem no clube. Então é hora de deixar as mesquinharias de lado, finalmente.

 

Com Muricy no clube, e quem sabe, em breve, a volta de Rogério Ceni, teríamos uma certeza: estariam mandando no clube pessoas que sabem o que essa instituição significa. O nosso maior problema, do campo à presidência, começaria a ser resolvido.

5 COMENTÁRIOS

  1. Gente, vamos parar de devaneios, falar em Muricy e Rogério Ceni é voltar no tempo, retroceder. Não devemos discutir a história deles no clube e sim como vamos tornar o time competitivo daqui para frente e o Muricy não tem a capacidade de fazer isto agora, muito menos Rogério Ceni.