Em Portugal, Aidar diz desconhecer denúncias de Ataíde e promete explicação

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ESPN.com.br

Rafael Valente

MIGUEL SCHINCARIOL/Gazeta Press

Carlos Miguel Aidar, ex-presidente do São Paulo
Carlos Miguel Aidar, ex-presidente do São Paulo 

Vinte e dois dias após ter renunciado a presidência do São Paulo, Carlos Miguel Aidar ainda tem o nome falado nos bastidores do clube, mas em breve contato com a reportagem, nesta quarta-feira, ele disse desconhecer as acusações, especialmente as feitas pelo vice-presidente de futebol tricolor, Ataíde Gil Guerreiro.

Aidar disse que está em Portugal e que deve retornar ao Brasil na próxima semana: “Entrevista só depois que voltar ao Brasil e me inteirar de tudo que o Sr. Ataíde vem vociferando [contra mim]”, escreveu ele, em resposta à reportagem.

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O ex-presidente ainda prometeu reunir a impressa para responder as acusações contra ele.

Na última sexta, Ataíde Gil Guerreiro encaminhou um e-mail aos conselheiros com novas acusações contra Aidar. Aos tricolores, também encaminhou o e-mail que havia enviado originalmente enviado ao ex-presidente em 11 de outubro. A mensagem traz detalhes da gravação que Gil Guerreiro fez de Aidar.

Em um trecho do e-mail, Gil Guerreiro escreveu: “Você [Aidar] dentro do ônibus indo para o estádio oferece repartir comigo uma comissão de R$200.000,00 na compra por R$2.000.000,00 de reais de um atleta da base da Portuguesa de nome Gustavo. Respondo sem atrito, embora indignado, que este jogador nos fora oferecido gratuitamente.”

A Comissão de Ética e Disciplina do São Paulo já está apurando a suposta briga entre Aidar e Gil Guerreiro, em 5 de outubro, no Hotel Radisson, em São Paulo. Também está com a gravação na qual o vice de futebol afirmar ter obtido uma confissão do ex-presidente.

A investigação trata-se de um pedido de alguns conselheiros do clube (ao todo, são 239 membros) e não tem prazo para ser concluída.

Além de avaliar a gravação e e-mails, a comissão pode convocar testemunhas, abordar os dois cartolas e, se necessário, solicitar ao hotel as imagens das câmeras de segurança do dia em que os cartolas estavam reunidos no local.

O presidente de órgão, Wilton Brandão Parreira Filho, disse à ESPN que há três penas previstas: “censura [que equivale a uma advertência], suspensão por 90 dias do cargo e exclusão do quadro de sócios do São Paulo”.