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A despedida era de Rogério Ceni, mas Lugano também brilhou. O zagueiro, que virou ídolo da torcida, foi ovacionado com o barulho das arquibancadas e ouviu um único pedido: volta, Lugano. O uruguaio se esquivou das perguntas sobre um possível retorno, já o protagonista da festa falou em “oportunidade”.
“Eu conversei. Para mim, foi mais uma homenagem do que outra coisa. Dos grandes atletas que conheci no São Paulo, foi um cara que sempre demonstrou comprometimento com o que desejou fazer. Evoluiu muito. Vim sentado ao lado dele no banco. Acho que, se existe um desejo do clube, acho que é uma grande oportunidade que eles têm de sentar e conversar. Lógico que tem que ver se é o desejo dele e se existe possibilidade para que isso aconteça”, disse Ceni.
Ainda no primeiro tempo do jogo de despedida, que reuniu os bicampeões mundiais em 1992/1993 contra o time do tri de 2005, Rogério saiu do gol, vestiu a camisa de jogador de linha e passou a braçadeira de capitão para Lugano, o que levou os torcedores à loucura.
“Tenho um carinho por ele. Talvez o último ídolo, ao lado do Josué, em atividade. O São Paulo carece disso neste momento. Mas é algo particular do clube. Talvez com uma interferência muito grande da torcida para que isso aconteça ou não”, afirmou.
Caso Lugano volte ao time tricolor na próxima temporada, o uruguaio já deve chegar como um dos líderes do elenco após um ano conturbado. Em 2015, o São Paulo até conseguiu a vaga na Libertadores, mas viveu grave crise política e até a renúncia do presidente Carlos Miguel Aidar.
“É um momento que, apesar da Libertadores, vivemos um momento relativamente de baixa. Ele poderia despertar o torcedor para o futuro. Caso as coisas saiam errado, pode haver frustração. Ele está aí. A opinião pública parece favorável. É uma questão de ver primeiro o treinador. Todo planejamento parte do cara que vai comandar. Depois, as escolhas dos seus atletas”, falou Ceni.