Grato a Juvenal, Milton Cruz revela contatos telefônicos durante o ano

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gazetaesportiva.net

Theo Chacon
Agradecendo ao apoio de Juvenal, Milton Cruz esteve presente em última despedida (Foto:Djalma Vassão/Gazeta Press)
Agradecendo ao apoio de Juvenal, Milton Cruz esteve presente em última despedida (Foto:Djalma Vassão/Gazeta Press)

Responsável por finalizar a temporada de 2015 no comando do São Paulo de forma interina, Milton Cruz, funcionário do clube há mais de duas décadas, lamentou profundamente a morte de Juvenal Juvêncio, acontecida na manhã da última quarta e causada por um câncer de próstata. Dizendo-se muito agradecido ao ex-presidente, o treinador citou as ligações de Juvenal ao longo do ano, o que mostra que, mesmo longe, o dirigente não deixou de acompanhar o clube.

Além de ficar atento à campanha do clube no cenário nacional mesmo que destituído do cargo político, Juvenal tem o respeito e a admiração de Milton Cruz por ter sido determinante, em diversas circunstâncias, para sua sequência no clube. Vale lembrar que, durante a saída de Osorio para a seleção mexicana, o nome de Milton também chegou a ser sondado.

“Era um cara que confiava no meu trabalho, na minha pessoa. Um cara com quem eu sempre estava conversando, me ligava duas ou três vezes por dia para saber o que estava acontecendo. Era 24 horas ligado no São Paulo. Um amigo que foi muito importante até para a minha permanência no clube. Tive alguns convites, até de seleção, e ele não deixou eu ir”, falou na saída do cemitério do Morumby, nesta manhã, após o enterro.

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Certo de que o legado deixado por Juvenal Juvêncio vai além dos títulos conquistados, seja com ele como diretor ou presidente, já que participou da construção do CT de Cotia e da repaginação do CCT da Barra Funda, Milton Cruz revelou que o ex-presidente, mesmo com a saúde debilitada, mantinha contato frequente, inclusive, após as partidas.

“Ele me ligou depois do jogo contra o Atlético-MG para dar os parabéns. Depois do jogo contra o Corinthians (6 a 1 em Itaquera) ele também ligou para me dar uma força, dizer que nada tinha dado certo naquele dia. A última vez que ele ligou foi depois do jogo contra o Figueirense, no Morumbi, há algumas semanas. Foi sempre assim. Ele dando apoio, falando a verdade e na cara. Era um cara autêntico e direto”, declarou, lamentando a perda de um grande líder não só para o São Paulo, mas também para o futebol brasileiro.

*especial para Gazeta Esportiva