Radiografia do mito

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UOL

Guilherme Palenzuela, Luiza Oliveira e Vanderlei Lima

Histórias desconhecidas e depoimentos inéditos sobre Rogério Ceni.

Lenda traduzida

O UOL Esporte mostra um Rogério Ceni que você desconhece. São histórias de sua infância em Sinop, o boletim do bom aluno, o primeiro amor…Também foram coletados mais de dez depoimentos de treinadores consagrados – Muricy Ramalho, Parreira, Mário Sérgio -, amigos, torcedores e ex-colegas de trabalho que fizeram parte da carreira do goleiro do São Paulo. Navegue pelo especial e faça parte da intimidade de um herói.

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Arquivo pessoal
Nascimento no vôlei

Rogério Ceni não é Pelé. O Rei venceu sua primeira Copa do Mundo aos 17 anos, enquanto Ceni descobriu que seria goleiro aos 16. Não nasceu com o dom para ser goleiro, muito menos com o talento para bater faltas. Na adolescência, chegou a apostar no vôlei. “Era um garoto alto, saltava bem e fazia muitos pontos. Era um grande jogador, tanto que era titular da minha equipe”, conta Baiano Filho, ex-treinador do jovem atleta. Rogério chegou a ser convocado para a seleção matogrossense e jogou por três anos no time de Sinop, no Mato Grosso, onde cresceu após nascer em Pato Branco-PR.

A paixão pelo futebol já existia, mas por jogar na linha. Antes de atuar profissionalmente pelo Sinop e pensar em algo grande no esporte que lhe faria famoso, virou goleiro por acaso enquanto jogava pelo time da Associação Atlética Banco do Brasil, já que ainda adolescente trabalhava como office-boy em uma agência. “Ele era um dos mais novos, então os meninos maiores derrubavam ele jogando bola, davam botinadas. Mas ele nunca revidou. Até que um dia em um torneiozinho, o goleiro titular não foi. Como ele era o mais novo, falaram: “Passa para o gol”, afirma Denor Pavarina, gerente geral da agência em Sinop na época, hoje aposentado.
O bom aluno invade SP
Arquivo pessoal
Notas altas

Nos boletins de 6ª, 7ª e 8ª séries, notas altas. “Ele era muito bom aluno e reservado. Ficava prestando atenção. Só me lembro de ele ter um comportamento diferente quando veio com um sombrero mexicano para a aula durante a Copa do Mundo do México”, conta a ex-colega Cleusa Mara, hoje diretora da escola Nilza de Oliveira Pipino, em Sinop
Arquivo pessoal
Atraso

“Ele perdeu o primeiro teste no São Paulo. A gente chega em uma cidade grande que não conhece e se atrapalha. Nós perdemos o teste na segunda, aí na quarta não deu para fazer, ficou para sexta. Eu fiquei com ele uma semana em São Paulo e tinha pressa para voltar. Na segunda já deixei ele no Morumbi e voltei”, conta o pai Eurydes
Folha Imagem
Disciplina

A personalidade determinada que se observa hoje no jogador já se via no garoto, conta o amigo Paulo Morgado: “Isso é do pai e da mãe dele. Estavam sempre preocupados com o que ele estava fazendo, tudo tinha que ser da melhor maneira, tudo correto. Para quem conhece o Rogério, não vejo muita diferença do que ele é hoje e do que ele era”
Arquivo histórico/SPFC
Quase desistiu por amor

Ninguém duvida da determinação de Rogério Ceni, mas ele quase desistiu da carreira logo no início por um motivo muito nobre: o amor. Quando Ceni se mudou para São Paulo, ele estava no auge da paixão por sua primeira namorada Lucimara e sofria com saudades dela.

O jogador ligava para os pais em Sinop com frequência pensando em desistir. Para ficar perto do amado, Lucimara chegou a se mudar para a casa de uma tia em São Paulo na época. Mas a doença da mãe de Ceni, Hertha, a fez voltar para o interior do Mato Grosso para ajudar a sogra. A relação durou quatro anos.

Mas como todo início é difícil, Ceni não sofria só pela namorada. Também sentia falta dos pais e tinha dificuldades para viver sozinho pela primeira aos 17 anos em uma cidade grande como São Paulo. Seu pai, Eurydes Ceni, chegou a reunir os amigos e ter várias conversas com o filho para aconselhá-lo. “Ele era jovem, nunca tinha saído de casa, ligava uma pá de vezes para a gente. Eu falava para ele ter paciência, que no início tudo na vida é difícil. Deu certo”.
Jos Patricio/Folha Imagem
Ele preparou Ceni para a pior notícia da vida

Foi de Telê Santana que Rogério Ceni ouviu, aos 20 anos, durante excursão do São Paulo pela Espanha, que a mãe Hertha havia falecido no Brasil. Antes, o amigo e companheiro de quarto Paulo Roberto Jamelli, a pedido da comissão técnica, preparou o goleiro para o que viria a acontecer.

“Ele ficou muito mal.A primeira notícia para ele foi que a mãe estava doente, e o Rogério ficou preocupado, ligando para o Brasil. Quando a mãe dele faleceu, o Moraci Sant’anna [preparador físico] e o Telê me chamaram e falaram comigo, para eu poder já ir preparando ele, conversando um pouco com ele, porque eles sabiam da nossa intimidade, da nossa amizade. Depois não teve jeito, teve que falar e no mesmo dia ele voltou para o Brasil para estar com a família”, conta Jamelli. “Ele passou uma dificuldade muito grande quando a mãe faleceu. Foi talvez o momento mais difícil da vida dele”, acrescenta o ex-companheiro.

Rogério costuma se emocionar ao falar da mãe, que não conseguiu ver o que o filho se tornou. Viveu para ver o goleiro estrear profissionalmente pelo São Paulo, durante aquela longa viagem, e depois se tornou a maior inspiração para que o filho conquistasse suas glórias. O pai Eurydes Ceni conta: “Graças a Deus eu tive uma esposa maravilhosa, infelizmente ela faleceu em 1993. A mãe sempre é mais chegada ao filho, atribuo mais a ela essa boa educação que ele teve. Ela sempre foi muito dedicada e ensinou muito bem a ele como agir na vida”.
Leonardo Soares/Folhapress
A história do primeiro gol

Muricy Ramalho, muito antes do tricampeonato brasileiro, foi auxiliar técnico de Telê Santana. Por quase dois anos, a partir de 1995, viu Rogério Ceni praticar cobranças de faltas após os treinos. O time não vinha fazendo gols de faltas, e o goleiro começou a perceber que poderia se arriscar nas cobranças se um dia fosse titular. No fim de 1996, após a definição da saída de Zetti, Muricy comandou o time em amistoso contra o Colo-Colo, no Chile, e anunciou na preleção sem nem avisar o goleiro: se houve faltas perto da área adversária, quem cobraria seria o jovem goleiro Rogério, de 23 anos.

“Nessa preleção um conselheiro do São Paulo falou para mim: “Eu posso ver a preleção?”. Ele sentou no ultimo banco. Quando chegou na hora de eu falar quem ia bater as faltas e pênaltis, eu falei assim: “Você bate escanteio, você faz isso, e quem vai bater falta e pênalti é o Rogério”. O conselheiro lá atrás quase caiu da cadeira”, conta Muricy.

“Eu expliquei. Ninguém esperava isso, até os jogadores ficaram cismados. Eu peguei as estatísticas de gol de falta, na época fazia tempo que a gente não fazia gol, e falei para o grupo: “O único que treina aqui é o Rogério, nenhum de vocês treina. Acaba o treino e vocês saem correndo, e o único que fica batendo faltas e mais faltas é o Rogério””, completa.

Não houve faltas perto da área nem pênaltis naquele jogo, que o São Paulo venceu por 4 a 2. A estreia de Rogério como cobrador de faltas ficou na história da preleção, apenas. Três meses depois, porém, ainda sob o comando de Muricy Ramalho, a primeira falta saiu em jogo contra o União São João. Rogério cobrou e marcou o primeiro gol da carreira, que estava começando como titular. Para ele, o gol mais importante da carreira: “Fiz 131 na carreira, todos são fantásticos. Um só? Escolheria o primeiro, através dele todos os outros saíram. Se não sai aquele em 15 de fevereiro de 1997, em março poderia não ter mais essa parte da história da carreira como goleiro”, diz Ceni, hoje.
Do primeiro ao último gol
PAULO GIANDALIA
“Se tivesse 50 gols, jamais iria vetá-lo”

Hoje em dia Mario Sergio, que não trabalha mais como treinador, leva a fama por ter sido o técnico que vetou as cobranças de falta de Rogério Ceni. O tema é tratado por ele com naturalidade. Mario Sergio cita quais argumentos fizeram com que ele tirasse o goleiro das cobranças e admite que se soubesse que Ceni se tornaria o artilheiro conhecido hoje, jamais teria tomado tal decisão.

“Trabalhei com o Rogério em 98, e eu o proibi de bater faltas. Ele tinha feito quatro gols naquela época e eu o chamei e falei que eu preferia que ele treinasse os fundamentos da posição ao invés de ficar, na minha visão, perdendo tempo cobrando faltas, quando tinha outros jogadores técnicos, como Dodô, que era batedor de faltas. E o Rogério foi extremamente cordial, solícito, profissional ao extremo, jamais questionou. Eu não posso falar nada dele”, diz Mario Sergio, que reconhece que, hoje, tomaria decisão diferente.

“Vou ser sincero… Se eu tivesse certeza absoluta que ele teria o aproveitamento que teve posteriormente a isso, se quando eu cheguei lá ele tivesse 50 gols, eu não ia jamais tirá-lo dessa condição de batedor de falta. Mas como ele não tinha, só tinha quatro gols, eu achava que traria muito mais proveito para o coletivo, para o grupo, se ele, excelente goleiro que era, evitasse que a gente tomasse gols. Ele soube entender isso e não questionou nada, ele continuou igual. Poderia ficar bicudo com cara feia, mas ele me tratou da mesma forma”, diz o hoje comentarista.
Fernando Santos/Folhapress
Surpreenda-se com o jogo mais importante

Noite de 12 de maio de 2004, quarta-feira, no Morumbi. O São Paulo sai atrás no placar contra o Rosário Central, vê Luis Fabiano perder um pênalti e vira o jogo a 15 minutos do fim: 2 a 1 que impede a eliminação nas oitavas de final da Copa Libertadores contra os argentinos e leva a decisão para os pênaltis. Cicinho perde o primeiro, e todos os outros fazem. Na última série, Rogério Ceni precisa converter o dele e impedir o último gol adversário. Vai para a bola e chuta muito forte, no meio do gol, e faz. O goleiro Julio César Gaona, que acabara de sofrer o gol, pede a bola para a última cobrança.

“Ele passou por mim, eu falei: “Ah, é você? Então vai fazer o mesmo que eu: forte e no meio. Aí ele deu risada, e bom… forte e no meio ele já não bate mais, agora é só acertar o canto”, disse Rogério Ceni, em entrevista depois do jogo.

A provocação dá certo, Rogério cai no canto esquerdo do gol e pega, como mostra a foto acima. Impediu duas vezes, com um chute e uma defesa, a queda do clube que depois de dez anos voltava à Libertadores. Clube que, assim como o goleiro, havia convivido por uma década com o rótulo de azarado e ruim de decisões, com o fantasma das conquistas da Era Telê Santana. Começava a mudar ali, naquela defesa, a história que Rogério Ceni e o São Paulo escreveriam pelos próximos dez anos. A opinião é do protagonista.

“Gosto muito do jogo com o Rosário Central no Morumbi, a volta do São Paulo à Libertadores após dez anos”, respondeu Ceni há seis dias, em Goiânia, antes de sua última concentração como jogador, sobre qual dos 1.237 jogos da carreira considera o mais especial. Nem a final do Mundial de 2005 contra o Liverpool representa, para ele, o que aquela partida de 12 de maio de 2004 representou. Na primeira série de cobranças alternadas, o ex-lateral direito Gabriel converteu para o São Paulo, e Rogério Ceni pegou mais um. O São Paulo estava nas quartas de final e voltava a ser grande.
Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem
“Doente” pela repetição

“O Rogério quando chegou, subiu ao time principal para o treinamento, e não batia bem na bola. Fomos aprimorando devagarzinho e aos poucos ele foi aprimorando essa condição”, conta Valdir Joaquim de Moraes, ex-goleiro e preparador da comissão técnica de Telê Santana entre 1993 e 1997, em depoimento ao filme “Rogér100 Ceni”, do São Paulo em parceria com a BossaNovaFilms.

Depois do primeiro gol, em 1997, os outros 130 gols da carreira aconteceram porque Rogério Ceni, que aos 20 anos não conseguia chutar um tiro de meta, trabalhou com repetições diárias durante todos os anos da carreira para aprimorar as cobranças.

“Muitas cobranças de faltas, também, que eu costumava ficar com ele e depois dos treinos para praticar”, conta o ex-lateral Fábio Aurélio, revelado pelo São Paulo e que ficou até 2000 no clube. Em poucos anos, o garoto que não sabia bater na bola se transformou em um dos mais precisos cobradores de faltas do mundo. Só em 2005, no ano em que venceu a Libertadores e o Mundial, foram 21 gols marcados – um goleiro era artilheiro do maior time do mundo naquele ano. Em 27 de março de 2011, fez o 100º da carreira, em cobrança de falta contra o arquirrival Corinthians.

Nos últimos anos da carreira, as lesões o obrigaram a reduzir os treinos de cobranças de faltas. Consequentemente, o índice de bolas nas redes diminuiu. Ainda assim, aposentou-se com 131 gols, o maior goleiro artilheiro da história.
EFE/Andy Rain
Previu que seria herói em 2005

Um ano e meio depois daquela noite em que Rogério Ceni defendia dois pênaltis contra o Rosário Central, naquele que considera o jogo mais importante da carreira, ele estava no estádio Internacional de Yokohama, no Japão, vestido de preto à frente de outros dez companheiros de branco, perfilados ao time do Liverpool, campeão europeu e que não sofria um gol havia 11 jogos, há quase mil minutos.

O meia Souza, reserva, mas ainda assim um dos símbolos daquele São Paulo, conta o que ouviu dias antes do goleiro: “Eu era meio que o confidente dele. Rogério já falou coisas para mim que eu tenho certeza que ele não falava para ninguém. Ele falou para mim que seria o melhor goleiro do Mundial de 2005. Pô, o cara foi lá e foi o melhor do Mundial! O cara falou antes! Nem a Mãe Dináh estava acertando tanto”.

Depois que São Paulo e Liverpool entraram em campo para a final do Mundial e a bola começou a rolar, a invulnerabilidade de quase mil minutos dos ingleses durou apenas mais 27. Mineiro fez o gol do jogo, e Rogério Ceni garantiu que outros tantos não fossem feitos – foram 21 finalizações e 17 cobranças de escanteio contra apenas quatro chutes a gol do São Paulo, que não teve escanteios. Saiu de campo com o troféu de melhor da partida, com uma atuação inesquecível. “Marcou porque no time tinha poucos jogadores com experiência internacional e o Rogério conseguiu mostrar segurança, passar motivação, chegar no objetivo que foi o título mundial”, relata Mineiro, o autor do gol.
AFP PHOTO/Mauricio LIMA
O fã que virou companheiro

Semanas depois de ver o clube do coração conquistar o Mundial de 2005, o atacante Leandro, ex-Corinthians, que naquela temporada jogara pelo Fluminense, recebeu um telefonema. A voz do outro lado, para total surpresa dele, era de Rogério Ceni, seu ídolo e herói daquele título.

“Oi Leandro como você está, tranquilo? Está preparado pra vir para o São Paulo?”, disse o goleiro, segundo relata o atacante, que se emociona: “São coisas assim que dinheiro não paga. Eu nunca escondi e sempre deixei claro que eu sou muito fã do Rogério”, conta Leandro.

Quando adolescente – afirma ele – invadiu um jogo do São Paulo em Ribeirão Preto, sua cidade natal, para chegar perto de Rogério Ceni. Anos depois, recebeu a ligação do goleiro, que o convidou para jogar no time. Viraram companheiros.

“Não lembro se foi em 94 ou 95, o Expressinho do São Paulo veio fazer um amistoso contra a seleção Come-Fogo [combinado local entre Comercial e Botafogo]. Acabei invadindo o campo, pulei o alambrado e peguei um autógrafo dele. Recebi essa ligação anos depois e pude realizar este sonho de jogar ao lado do Rogério e no São Paulo. Depois da ligação eu fiquei a noite sem dormir e no dia seguinte eu estava no São Paulo treinando. Isso foi sensacional, é uma coisa que eu nunca tive a oportunidade de contar, de expor esse assunto, mas que me marcou bastante. É uma história que eu posso contar para os meus filhos amanhã”, diz Leandro.
As manias de um herói

Primeiro a chegar…

No início da carreira, Rogério chegava cerca de meia hora antes do início dos treinos. Nos anos finais da carreira, aumentou para uma hora e meia a antecedência.
… último a sair

Também sempre foi o último a sair. Nesses últimos anos, a mesma hora e meia de antes se repetia após cada atividade, porque sentiu necessidade de realizar trabalho de reforço muscular para conseguir atuar em alto nível até os 42 anos.
De olho no relógio

É pontual e não gosta de atrasos no âmbito profissional. Não aceita que outros jogadores encarem o trabalho com menos comprometimento do que ele. Sempre esteve atento para que tanto o elenco como outros funcionários do CT cumprissem horários
Noites no CT

Houve momentos em que Ceni preferiu dormir no centro de treinamento para evitar o trânsito da capital paulista pelas manhãs, e também porque sente que o local que por tantos anos frequentou diariamente é sua casa
Sem folgas

Foi comum nos últimos anos encontra-lo na academia do CT nas manhãs de segunda-feira, por exemplo, quando normalmente o elenco está de folga após jogar no domingo. O treino, que começaria às 16h, para Ceni começava às 9h.
Aulas aos jovens

Ceni, em seus últimos anos, trabalhou pela ambientação de diversos jovens promovidos ao time profissional que trocaram Cotia pela Barra Funda. As “aulas” aos garotos aconteciam nos trajetos de ônibus para os jogos, nas concentrações e após os treinos
Auxiliar técnico

O tempo de casa, as conquistas e a liderança fizeram com que ele tivesse autonomia para apontar erros e acertos de sistemas táticos utilizados. O papel era exercido com maior ou menor intensidade dependendo do técnico. Com Muricy Ramalho, por exemplo, com quem cultiva amizade de mais de duas décadas, a relação era muito próxima.
Enfermeiro

Ele sempre frequentou o Reffis – espaço de recuperação física – do CT, mesmo quando não esteve machucado. Procurava saber o andamento do tratamento de cada lesionado, e o tipo e a gravidade de cada lesão. A ideia era manter próximos e motivados aqueles que não poderiam jogar

Liderança nasce nos vestiários
Ele também é parecido com você…

Homem de negócios

Rogério Ceni sabe tudo de finanças. Desde a época em que trabalhava no Banco do Brasil em Sinop, o goleiro aprendeu a lidar com dinheiro. O pai Eurydes Ceni conta que ele nunca teve empresário e sempre negociou os próprios contratos, fez as próprias aplicações e lidou com compra e venda de imóveis.
Chef de cozinha

Ceni é conhecido por ser um bom cozinheiro entre os amigos. Seu churrasco e seu peixe assado são elogiados. “Ele faz um peixe assado típico da nossa região. É muito delicioso, aprendeu com a gente a receita. No churrasco, quando vai assar a carne, ele que faz e serve”, conta o amigo Paulo Morgado.
Música

Ceni também é fã de música e seu estilo musical preferido é o rock. É fã da banda australiana AC/DC, que costuma ser trilha sonora nos jogos no Morumbi, e até tem amigos famosos no estilo como Nasi, Edgard Scandurra e Nando Reis.
Comida japonesa

Rogério Ceni adora comida japonesa e tem até um amigo que é dono de restaurante. O goleiro faz até programas típicos de pessoas comuns e costuma ser visto comendo temaki na madrugada de São Paulo.
Chocólatra

Todos sabem que Ceni é um profissional exemplar, mas também se permite alguns pecados. De vez em quando ele se rende às guloseimas e é chamado até de chocólatra pelos amigos. Ele costuma fazer a festa no Duty Free quando viaja para o exterior e um de seus chocolates preferidos é o Bis.
Fazenda

A fazenda da família em Sinop é um dos locais preferidos de Ceni para ficar em seus poucos momentos de lazer. Ele sempre passa parte das férias na fazenda e é pouco visto em Sinop. No local, ele ainda exercita um de seus velhos hobbys: jogar vôlei.

Colecionador de recordes

1.237 jogos pelo São Paulo

Recorde mundial por um mesmo clube, certificado pelo Guinness Book
978 jogos como capitão

Recorde mundial, também certificado pelo Guinness Book
594 jogos no Morumbi

Recorde do estádio
131 gols

Recorde mundial como goleiro-artilheiro, certificado pelo Guinness Book. 61 gols de falta, 69 gols de pênalti, um gol com a bola rolando
21 gols em 2005

Artilheiro do São Paulo na temporada do título da Libertadores e do Mundial
102 pênaltis cobrados

Com 81 acertos e 21 erros
51 pênaltis defendidos

Dois deles contra o Rosário Central, em 2004, naquele que Ceni considera seu maior jogo
17 jogos pela seleção brasileira

13 como titular, entre dezembro de 1997 até junho de 2006
18 títulos pelo São Paulo

12 deles atuando em campo, seis deles no Morumbi
110.639 minutos

Em campo, com a camisa do São Paulo

Torcedores se emocionam com a aposentadoria
Agora será preciso encontrar outro Ceni…
As luvas saem, o futebol fica
MARCUS DESIMONI / UOL
Futuro treinador

Rogério Ceni quer ser técnico. Ainda teme, porém, não conseguir se desprender da identificação com o São Paulo. Se for técnico no Brasil, como comandar outro time? Nem pensa nisso. E se for técnico do São Paulo, vai correr o risco de manchar a própria história? Tem medo, mas se anima com o desafio. Antes de qualquer coisa, quer estudar muito e pretende aprimorar a fluência nos idiomas inglês e espanhol.
EFE/ TOBIAS HASE ORG XMIT
Mas antes, estudo

Para 2016, ele tem visitas programadas aos treinos da seleção do México, do colombiano Juan Carlos Osorio, e também aos treinos da seleção dos Estados Unidos, do alemão Jürgen Klinsmann. Depois, palneja estudar com o espanhol Pep Guardiola, no Bayern de Munique, para observar de perto o que faz aquele que é considerado o mais genial treinador da atualidade. A visita à Alemanha está agendada.

2 COMENTÁRIOS

  1. SEU VERME LG!!!

    MEU SONHO É TE ENCONTRAR E EM 15 SEGUNDOS VC NÃO TERIA MAIS NENHUM DENTE NA BOCA!!!

    APOSTO QUE SUA MÃE NÃO TE AMAMENTOU E VC NÃO CONHECEU SEU PAI!!!!

    COMO VC CRITICA UM CARA Q TEM 25 ANOS NA MESMA EMPRESA E TEM MAIS CONQUISTAS Q VC TEM DE AMIGO NO FACEBOOK?!

    SEU TRAVECO!!!

    ME ARRUMA TEU ENDEREÇO, VOU TE ENCONTRAR E TE ESPANCAR QUE É ISSO Q VC MERECE SEU TROUXA!!!!