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Edoardo Ghirotto e Tiago Salazar
O centroavante do Santos foi o último jogador a balançar as redes na carreira profissional do goleiro tricolor.
Se para a torcida santista o fato de ter impedido Ceni de conquistar um título antes da aposentadoria causa euforia, Ricardo Oliveira prefere não expressar orgulho por ter contribuído para tal feito. O centroavante recordou os anos em que dividiu o vestiário com o goleiro no São Paulo e elogiou a condição de “ídolo nacional” que ele alcançou no Morumbi.
“Posso dizer que tenho prazer e orgulho por ter trabalhado com ele e por tê-lo como capitão na duas vezes em que passei pelo São Paulo. [O último gol] é muito pequeno perto da amizade que temos. Ele é um ídolo não só de um clube, mas um ídolo nacional e um exemplo de profissionalismo e fidelidade a uma instituição. De forma alguma me orgulho desse gol. Meu orgulho é o privilégio que tive por trabalhar com ele e conhecer a pessoa e o amigo que ele é”, afirmou o centroavante santista.
Ricardo Oliveira diz não acreditar que a despedida dos gramados com uma derrota possa ter manchado a aposentadoria de Ceni no Tricolor. “A história dele é gigantesca. O futebol dá muitas voltas e, se ele resolvesse jogar mais um ano, tenho certeza que acrescentaria mais triunfos à sua carreira. Diante do currículo dele e de tudo que ele ganhou, essa derrota não tem peso nenhum”, declarou.
Crente de que Ceni entrará para a história como um “profissional empenhado e que viveu intensamente para o esporte”, Ricardo Oliveira afirmou que a trajetória do goleiro tricolor será por muitos anos uma fonte de inspiração para jogadores veteranos e para aqueles que acabaram de iniciar a carreira. “Eu me identifiquei muito com a forma como ele vive o futebol, com a forma como ele se doou e se dedicou. Isso, de fato, é um legado que ele deixa não só para mim, mas para todos os admiradores do futebol”, concluiu o santista.