São Paulo esbarra em finanças para fechar com novo técnico; argentino interessa

128

ESPN.com.br

Diego Garcia e Rafael Valente

FERNANDO PILATOS/Gazeta Press

O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco
O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco

O São Paulo tinha estipulado como meta acertar a contratação de um treinador antes do final do Campeonato Brasileiro para trabalhar no planejamento de 2016. Não conseguiu. A direção tricolor não obteve sucesso porque esbarra na dificuldade de conciliar a qualidade do treinador que deseja para o time com as limitações financeiras atuais do clube.

Mesmo sem Rogério Ceni, Alexandre Pato e Luis Fabiano na próxima temporada, cuja ausência representará uma economia de R$ 1,7 milhão mensais no futebol, o São Paulo trabalha com teto salarial para o futuro treinador de no máximo R$ 350 mil mensais.

Publicidade

O valor tem aprovação do departamento financeiro, que administra o pagamento de juros de dívida bancária bem alta, mas ao mesmo tempo torna incompatível a vinda do nome que é consenso entre todos as alas no clube: Cuca.

Recém saído da China, a pedida salarial do treinador foi de de R$ 1 milhão mensais e assustou os cartolas tricolores, que descartaram negociar nessas bases.

O ESPN.com.br apurou que havia expectativa entre os dirigentes de que a classificação do time para a Copa Libertadores e a possibilidade de Cuca sair do futebol chinês sem ter de arcar com a multa rescissória ajudariam a convencer o técnico a fechar por menos.

A reportagem apurou que o treinador não foi descartado. Ainda há uma tentativa de convencê-lo a reduzir a pedida, oferecendo inclusive bônus por metas alcançadas, mas dada a dificuldade outros nomes voltaram a ser analisados.

Entre os analisados está o de Levir Culpi, que curte férias em Curitiba.

Mas também pode haver um problema para fechar um acordo. Culpi recebia no Atlético-MG salário maior que o São Paulo pretende fechar: R$ 450 mil mensais. Além disso, o nome dele não agrada a todos no Morumbi. Alguns vêm ele longe do “perfil moderno” desejado.

Por isso a diretoria retomou a ideia de um treinador internacional. O nome do argentino Edgardo Bauza agrada boa parte da cúpula do clube. Campeão da Libertadores de 2008 com a LDU, do Equador, e de 2014 com o San Lorenzo, da Argentina, o treinador de 47 anos está desempregado e curte férias com a família.

O São Paulo teria encaminhado um representante para a Argentina para conversar com o técnico e fazer uma proposta, segundo algumas pessoas do próprio clube. A informação, porém, não foi confirmada oficialmente por ninguém do São Paulo.

A indefinição tem gerado ainda mais pressão interna. Como o time terá que disputar a primeira fase da Copa Libertadores, no final de janeiro, alguns conselheiros cobram do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, uma definição rápida.

PLANEJAMENTO DE 2016

Sem treinador definido, a departamento de futebol trabalha de olho no elenco da próxima temporada. Na pauta do vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, estão a busca por um zagueiro mais experiente, um volante e um atacante goleador.

As três posições são vistas como essenciais hoje.

Na zaga, Rodrigo Caio é o jogador de confiança, mas para atuar com ele a avaliação é que Lyanco e Lucão são muito jovens. Breno é a outra opção, mas ele pode ser utilizado como volante e por isso seria interessante ter mais alguém.

Edson Silva e Luiz Eduardo já foram liberados para procurar clubes.

Para a posição de volante o São Paulo conta com Thiago Mendes, que terminou a temporada em alta, Hudson e Wesley. O último pode ser usado como moeda de troca no mercado de transferências. Já Hudson é visto com um jogador pouco experiente para a Libertadores.

No ataque, o problema é a perda de Luis Fabiano e Alexandre Pato. O time tricolor passará a contar com Alan Kardec, Rogério e Wilder, que não deve ficar. Um nome mais experiente para revezar ou atuar com Kardec e Rogério é pensado pelos cartolas.

O São Paulo tem feito análises com ajuda do coordenador técnico Milton Cruz, mas a ideia da diretoria era ter definido o treinador para que ele participasse das escolhas.

4 COMENTÁRIOS

  1. Jubero é um técnico que joga para fazer Gol, estilo Osório, estilo de muitos europeus. Joga com pressão, lá na frente para matar o adversário de sufoco se possível no primeiro tempo. Contudo, quando o time tem um leve escorregão pode levar de goleada até de time pequeno, tal qual Osório, tal qual Barcelona já levou de time pequeno.

    É um estilo que no início parece kamikase, mas é com o tempo, quando todos jogadores entendem que jogam em bloco pra frente e para trás, principalmente pra frente, é ai que as coisas funcionam. Quando zagueiro avança para onde fica os volantes, volantes onde ficam os meias, meias na cabeça da área, e atacantes praticamente livres para fazer o Gol.

    Contudo, o sistema só funciona se tivermos quem faça gol, vide contra Atlético-MG na primeira rodada, poderíamos ter deixado 4 no primeiro tempo.

    Eu confio em Rogério, Kardec e até em Centurión, mas, não tinha mais confiança em Pato, LF9 e M.Bastos. O Rogério tem mais vontade que o Pato, mais drible e se der sequência pode fazer tanto gol quanto. Kardec é mais participativo e hoje está com mais primor técnico que LF9. E M.Bastos só sabe chutar, não sabe tocar, nem cruzar, nem driblar, pois quando acerta é meio que na sorte.

  2. Para com esse drama leco-leco. Chama o Jubero e joga 350 pila na mesa que ele vem correndo. O cara está sem clube, cabe no orçamento do SP, tem histórico de aproveitamento da base (o que estamos precisando atualmente), entende e é estudioso de futebol e tirou leite de pedra no Guarani-PAR. O que a diretoria está esperando?

    Fernando Jubero 2016!