Pode parecer cedo, mas o São Paulo precisa abrir o olho se quiser brigar por títulos no primeiro semestre de 2016. Tanto no Campeonato Paulista como na Copa Libertadores da América, o Tricolor está em situação desconfortável após as derrotas seguidas para Corinthians e Strongest, da Bolívia. A análise dos números é clara e pode ficar ainda mais preocupante em um futuro próximo em torneios em que apenas os dois melhores colocados avançam de fase.
Na Libertadores, o jogo contra os bolivianos do Strongest em casa era fundamental para uma classificação tranquila. Agora, o São Paulo pode ser deparar com uma situação ainda pior na competição. Nesta quinta-feira, o River Plate, da Argentina, entra em campo com favoritismo total contra o Trujillanos, da Venezuela, para somar três pontos no grupo 1.
A rodada seguinte é decisiva para o São Paulo. Se perder para o River Plate fora de casa, um resultado que não seria absurdo, o Tricolor observaria o rival argentino abrir até seis pontos de vantagem. O problema é que o Strongest enfrenta o Trujillanos em casa e tem tudo para alcançar a segunda vitória. Esse cenário deixaria o time do Morumbi em situação dramática, até porque o clube boliviano conta com boas perspectivas de vitória em jogos futuros na altitude de La Paz.
No Campeonato Paulista, a situação também demanda atenção. O São Paulo está no grupo C e, apesar de ter um jogo a menos, já observa uma desvantagem de cinco pontos em relação a Ferroviária e Audax Osasco. A chave da equipe do Morumbi apresenta o melhor desempenho dos times considerados menores. E, para completar, caso o Tricolor volte a tropeçar na competição, não poderá tirar a desvantagem através de confrontos diretos, pois o regulamento do Estadual prevê na primeira fase jogos apenas com os rivais dos outros grupos. Pelo menos, no Paulistão, serão 15 rodadas até a definição dos classificados.
Agora, resta ao elenco são-paulino absorver toda a pressão pelos últimos tropeços. Jogadores como Michel Bastos e Centurión foram alvos da torcida no jogo desta quarta-feira contra o Strongest. O técnico Edgardo Bauza também começa a ser questionado, principalmente por suas alterações durante as partidas. Assim, o Tricolor vai precisar acreditar, mais do que nunca, na sua alcunha de “clube da fé” para resgatar a confiança.