Bauza não vê Calleri e Kardec atuando juntos no Tricolor: “Perdemos futebol”

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Edoardo Ghirotto – Gazeta Esportiva
O argentino Jonathan Calleri (E) e  Alan kardec,  jogadores do São Paulo FC, durante partida contra o The Strongest, da Bolívia, válida pela primeira rodada do Grupo 01 da Copa Libertadores da América 2016.
Calleri e Alan Kardec não empolgaram Bauza nos minutos em que atuaram juntos (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

A entrada de Calleri no lugar do volante Hudson, no início do segundo tempo da derrota por 1 a 0 para o The Strongest, na quarta-feira, caracterizou a primeira tentativa do técnico Edgardo Bauza em contar com o argentino ao lado do centroavante Alan Kardec. O treinador nunca havia testado o esquema ofensivo nas atividades abertas para a imprensa e parece não ter gostado do resultado. Após o confronto, ele minimizou as chances de escalar os jogadores juntos nas próximas partidas que o Tricolor terá pela frente no Paulistão e Libertadores.

“Não descarto a possibilidade de que possam jogar juntos. Mas as características de ambos dizem que nós perdemos futebol no meio. Temos potencial na área, se chegamos por fora temos potencial, mas perdemos bastante jogo. O Ganso teria de aparecer para isso dar certo, sendo que ele deu um passe a gol que não foi definido. Não descarto a possibilidade, mas me parece que a equipe não daria muitos resultados”, analisou o argentino.

A entrada de Calleri deixou Thiago Mendes como único volante de marcação. Para o esquema funcionar, Ganso foi recuado para a intermediária e deixou um quarteto ofensivo brigando contra a defesa do The Strongest. A intenção era boa, mas não houve nenhuma investida de Michel Bastos, Centurión, Alan Kardec e Calleri que pudesse incomodar o goleiro Vaca. Para o treinador, a apatia no confronto não exigirá novas mudanças na forma como a equipe vem trabalhando. “Podemos jogar mal em alguns momentos das partidas, mas os jogadores já tem a ideia do futebol que quero implementar”, afirmou.

O próximo compromisso do São Paulo na Libertadores será no dia 10 de março, contra o River Plate, no estádio Monumental de Núñez. O jogo é considerado o mais difícil do Tricolor na fase de grupos e, segundo Bauza, terá de ser vencido a qualquer custo pela equipe. “Trataremos de obter um bom resultado. Não sabemos quantos pontos precisaremos para classificar. Poderão ser nove, dez ou onze pontos. Tudo dependerá dos resultados que surgirem. Por isso enfrentaremos o River em busca da vitória”, concluiu o comandante.

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