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Satirizado pela principal torcida organizada do São Paulo no final de semana, Michel Bastos voltou ao time titular na noite desta quarta-feira. Triste, o autor do primeiro gol da vitória contra o Novorizontino dividiu o público no Pacaembu e procurou mostrar união em campo.
A torcida organizada Tricolor Independente, posicionada no setor amarelo do estádio municipal, apitava nos momentos em que Michel Bastos tocava na bola. Os demais são-paulinos, por outro lado, apoiaram o jogador e gritaram seu nome após o gol de pênalti no primeiro tempo.
“Não vou mais rebater. Na última vez que rebati a torcida, fui mal-interpretado e aconteceram muitas coisas”, disse Bastos ao Sportv durante o intervalo, tratando de evitar conflito. “Cada um cobra do jeito que quer. Independentemente de vaias ou aplausos, vou trabalhar para ajudar o São Paulo”, completou.
Antes da partida diante do Rio Claro, disputada no último domingo, a Independente organizou um protesto contra dirigentes e Michel Bastos, suposto pivô de um racha no elenco. Na manifestação, um torcedor vestiu a camisa 7 com a inscrição “migué” e a marca de uma cervejaria.
“Fico triste. Procuro entender o porquê de tudo isso, mas é o futebol. A gente tem que saber que, em um time grande como o São Paulo, a cobrança é grande. Então, preciso viver com isso, mas continuando com o trabalho. A resposta é dentro de campo”, afirmou o atleta.
Na comemoração do gol diante do Novorizontino, Michel Bastos correu em direção ao banco de reservas do São Paulo. Sob hostilidade da organizada e aplausos dos demais torcedores, o jogador foi festejado pelos companheiros e abraçou o técnico Edgardo Bauza.
“Foi uma forma de mostrar que o grupo está junto, unido. A gente escutou um monte de coisa, de problemas internos, coisas que não existem. Muitas vezes, não adianta falar, você tem que mostrar. É o que a gente vai procurar fazer dentro de campo: mostrar que o grupo está unido e quer buscar as vitórias”, explicou Bastos.
Aos 32 anos, o ex-jogador da Seleção Brasileira ainda prometeu manter sua conduta. “Não é porque certas coisas vêm acontecendo que tenho que mudar meu jeito, meu modo de trabalhar. Eu sou isso. Independentemente de qualquer coisa, vou seguir dando o meu melhor para ajudar o São Paulo”, reiterou.