Aidar e Ataíde podem receber punições iguais do Comitê de Ética

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UOL

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José Roberto Ópice Blum é o líder do Comitê de Ética encarregado de apurar o episódio que gerou a renuncia de Aidar.

Ele almoçou em tradicional restaurante da capital paulista com importantes nomes da política da agremiação do Morumbi, onde recebeu o pedido de aplicar sanções iguais a ambos os ex-cartolas.

Um dos integrantes da mesa contou sobre a solicitação encabeçada pelos ex-presidentes José Eduardo Mesquita Pimenta e Fernando Casal de Rey, Newton ‘do chapéu’, que concorreu com Leco ao cargo, e o conselheiro Denis Ormrod.

José Roberto Ópice Blum, hoje o nome mais forte para ser o candidato da oposição contra o Leco no pleito do ano que vem, falou que assim será.

Não tenho ideia se foi político ou se manterá o combinado. Carlos Miguel Aidar, porque caiu depois da iniciativa de uma integrante apoiado pela situação, pretende apoiar o oposicionista, tal qual o próprio sabe

Advogado muito experiente

José Roberto Ópice Blum é desembargador aposentado. Atualmente tem escritório nos EUA.

Teve Paulo Maluf, que precisou (a) de muito conhecimento jurídico dos advogados, como cliente.

Renomado, tem amplo conhecimento do direito, e este jornalista que necessita pequenas aulas de quem possui expertise na área quando as pautas sobre o tema pedem maior profundidade, não pretende desrespeitar o especialista ao enumerar alguns pontos.

Carlos Miguel Aidar renunciou porque Ataíde Gil Guerrero mostrou suposta prova de corrupção na gestão e tentativa de suborno para referendar desvio de dinheiro.

Ataíde Gil Guerrero, de acordo com o que declarou, agrediu o na época presidente após escutar essa oferta.

Os equívocos de ambos os cartolas não deveriam ser apreciados como iguais. Se confirmados, tais quais as reações dos protagonistas indicam – não teria lógica o advogado Carlos Miguel Aidar renunciar acusado de corrupção inexistente e a assessoria da agremiação afirmou que a fita foi periciada -,  as sanções precisam ser distintas e proporcionais aos prejuízos que geraram à instituição, além de construtivas.

Gigante do futebol foi espancado 

Jack não quis mais a comissão pela dita intermediação do contrato com Under Armour, coincidentemente após o Conselho procurar detalhes do negócio; depois de Leco assumir o cargo, … tributarista parou de cobrar o gordo pagamento; a controversa negociação para contratar Iago Maidana; a hipótese de negociar rendas por 10 anos com a BWA, que tornou lenta e ineficaz a venda de ingressos.

Duras críticas em tom de acusação foram feitas, além da citada por Ataíde, sobre a gestão anterior. São questões supostamente venais, não de competência administrativa.

O tropeço de Ataíde foi perder a medida na reação diante do que chamou de tentativa de suborno. Não deve acontecer, pois é preciso manter a civilidade entre os gestores.

As porradas são ineficazes para a melhora da instituição.

 

Método questionável que impediu declínio maior

A gestão de Aidar provavelmente redundaria na bancarrota do São Paulo. Potencializou muito as crises financeira e do futebol.

Minha opinião

No mundo ideal, cada negociação feita por Carlos Miguel Aidar seria auditada e, se confirmado algum desvio, o dinheiro devolvido aos cofres do clube e ele excluído do quadro se associados.

Ou a última parte desconsiderada, desde que publicamente peça perdão aos milhões de torcedores.

A ética de Mandela, Gandhi, Mujica,  ou o sermão da montanha, manifestação mais sábia da história, deveriam servir para algo além de gerar admiração e ser filosofia que não ultrapassa o verbo.

Mas esse assunto não é para o blog.

Quem resolve é o Comitê de Ética. Que tenha embasamento apenas técnico na resolução.

O clube dos grandes dirigentes

O momento não tem a ver apenas com Aidar e Ataíde

Os chamados cardiais e os conselheiros que formaram outrora a agremiação mais forte do país em conquistas, patrimônio e ideias, hoje não recebem mais esses elogios.

Têm sido alterados por críticas duras, como as direcionadas aos políticos de outros clubes e os que lidam com o dinheiro público da nação.

O São Paulo precisa muito de competência em todos os setores, dentro e fora dos gramado, para se recolocar e permanecer no patamar que o fez outrora referência.

Necessita enorme alteração no estatuto. Ele é o âmago dos problemas, dificulta gestões, empaca o crescimento, funciona como grilhão que torna lenta e difícil a caminhada às direções exigidas pelo mundo futebolístico deste século.