Os jogadores do São Paulo têm demonstrado certa humildade para reconhecer o mau momento que vive a equipe na temporada, principalmente após a derrota por 3 a 1 para o São Bernardo, em pleno Pacaembu, poucos dias antes da decisão diante do River Plate-ARG, marcada para esta quinta-feira, às 19h30 (de Brasília), pela segunda rodada da fase de grupos da Taça Libertadores da América. No momento, a ordem no clube é ouvir muito e falar pouco.
“A diretoria tem nos cobrado, sim, no vestiário, porque não só eles, mas todos nós queremos resultados positivos. Isso está existindo e cabe a cada um assimilar da melhor forma para desenvolver dentro de campo”, afirmou o goleiro Denis, que exerce também a função de capitão na ausência de Rogério Ceni, ídolo aposentado ao final do ano passado.
Dono da responsabilidade de liderar o elenco, desacreditado no ano passado pelo próprio presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o arqueiro adotou também a postura de “para-raio”. Nesta semana, ele fez questão de desmentir qualquer desentendimento entre os jogadores após o revés contra o São Bernardo, no vestiário do estádio do Pacaembu.
“Discussão de quem? Olha, não sei como alguém tem tanta invenção na cabeça para falar essas coisas porque isso não existiu. Não teve discussão nenhuma no vestiário”, assegurou o camisa 1.
Já atento às polêmicas que têm cercado o São Paulo desde a renúncia do presidente Carlos Miguel Aidar, Denis foi esperto ao escapar sobre uma pergunta que relacionava a ausência de Milton Cruz, agora coordenador do núcleo de análise de desempenho. Antes presente no cotidiano, o antigo auxiliar nem sequer vai aos jogos da equipe na atual temporada.
“Isso é mais uma discussão política, né? Não é da função do jogador se intrometer nessas discussões e nessas decisões. To aqui já há algum tempo, participei de sete temporadas, o Milton sempre nos jaudou muito, mas isso é uma decisão da diretoria. Nós, como jogadores, temos que acatar para que esse momento político vire o melhor possível”, encerrou.