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Alexandre Lozetti
Clube admite negociar atacante depois de dois jogos, mas exige pelo menos o valor que nem terminou de pagar aos chineses: um milhão de dólares; Vitória tem interesse
Diante do interesse do Vitória e de outras equipes, o São Paulo não descarta negociar Kieza, atacante que foi contratado no início desta temporada e participou de apenas dois jogos – um como titular. Só que há um problema: dinheiro. O clube nem pensa em ficar no prejuízo.
Para contratar o artilheiro da última Série B, destaque do Bahia em 2015, numa longa negociação, o Tricolor aceitou pagar 1 milhão de dólares (cerca de R$ 4 milhões) ao Shanghai Shenxin, da China.
Por enquanto, só parte desse valor foi paga, conforme previa o contrato. Então, para avaliar propostas por Kieza, a diretoria do São Paulo pede que o interessado se comprometa, com garantias, a assumir sua dívida com os chineses, além de onerar o cofre pelo dinheiro que já saiu do cofre para bancar a chegada do reforço.
Pesa a favor de uma possível saída a opinião do atacante. Kieza foi contratado para ser reserva de Alan Kardec, mas, pouco depois, o Tricolor acertou o empréstimo do argentino Calleri, até junho. Kieza já confidenciou a pessoas próximas que sua prioridade é jogar. Seja onde for.
O São Paulo não está disposto a manter atletas insatisfeitos. Se a vontade de Kieza em atuar no Vitória se sobressair e se tornar, na visão da diretoria, mais um obstáculo na busca pela harmonia do grupo, a negociação poderá evoluir. Desde que sem prejuízo.
Por outro lado, Calleri só estará no São Paulo no primeiro semestre – até o fim de julho caso a equipe avance até a final da Libertadores. Um dos argumentos para se pedir paciência a Kieza é justamente o de que a saída do argentino elevaria seu status dentro do elenco.
De qualquer forma, a diretoria está consciente de que será acusada de cometer um erro de gestão se Kieza, contratado em janeiro, deixar o São Paulo em março, com dois jogos e nenhum gol.