Edgardo Bauza é argentino. No Equador, ele se casou, teve um filho e foi endeusado ao conquistar uma Libertadores pela LDU. Deixou bons amigos na Colômbia. Tem agradáveis lembranças do México. O técnico do São Paulo é um homem do mundo, mas lançado à obra do destino. Para poder prosseguir em paz na tentativa de fincar raízes no Brasil, o Patón precisou voltar para casa. Ou para uma de suas casas.
O hotel que hospeda a delegação tricolor para o jogo decisivo desta quinta-feira, às 19h30, contra o River Plate, em Buenos Aires, é o mesmo em que Bauza visitou durante dois anos para se concentrar, enquanto comandou o San Lorenzo. É num de seus quartos que o argentino põe o cérebro para funcionar em busca de soluções para que o São Paulo jogue melhor, e tenha chances de bater o River e iniciar a recuperação na fase de grupos da Libertadores.
Entre 2014 e 2015, o técnico morou a oito ruas do hotel. Consegue imaginar um campeão da Libertadores andando tranquilamente em meio à multidão, no centro de uma metrópole? Era a rotina de Bauza nos dias de jogos.
– Todo dia de jogo, às oito ou nove da manhã, eu caminhava até minha casa para saudar minha esposa e meu filho (Maritza e Nicolás, de apenas dois anos). Tomávamos um mate, como se faz aqui na Argentina, eu ficava um pouco e voltava. Fora do futebol, tenho hábitos comuns, mas tive de ser um pouco mais recluso. Não posso me expor mais do que a profissão já me obriga a fazer – revelou Patón.
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Em suas andanças pela região central da capital argentina, Bauza chegou a ser ofendido após derrotas, mas teve recompensas, principalmente depois do título da Libertadores de 2014.
– Eu vinha caminhando, quando um pai, junto da esposa e do filho, começou a me agradecer, me felicitar pelo título da Libertadores. Foi algo que me deu muita vergonha, eu estava no meio da rua (risos). Mas são satisfações que a profissão dá, assim como em outros momentos eu já fui insultado após derrotas.
Desde o início de janeiro, Edgardo Bauza, nascido em Rosário, na Argentina, agora aos 58 anos, vive no Brasil. Na gigantesca São Paulo e com a árdua missão de reconduzir o time xará da cidade ao topo do futebol depois de anos de gestões e decisões terríveis.
Após morar no CT do clube por um tempo, o Patón tem agora a companhia de Maritza e Nicolás numa casa, mais privacidade, mais sossego. Ou melhor… Sossego é uma palavra que não consta do início de trabalho de Bauza no São Paulo.
– Tranquilo? Tranquilo não… (risos) – responde o argentino boa-praça ao cumprimentar um conhecido argentino no saguão do hotel.
– Vivi anos muito bons em Barranquilla (Colômbia), deixei amigos com os quais me comunico. Estive por um ano e meio no México. O futebol me levou por todos os lados. Cada país tem sua idiossincrasia, sua forma de ser, e eu trato de me adaptar. No Brasil, a paixão com que se vive o futebol é muito parecida com a da Argentina, mas os costumes são diferentes.
Bauza diz que se sente muito bem no Brasil, sobretudo agora com a família por perto. Elogia a maneira como é tratado por todos. Mas ainda há algo no São Paulo que não o agrada.
Os resultados abaixo do esperado no início de temporada, sobretudo a derrota para o The Strongest, no Pacaembu, na estreia na fase de grupos da Libertadores, e a necessidade de a diretoria expor seu descontentamento com a conduta dos atletas, fazem com que o Patón, mesmo sem jamais perder o foco no amanhã, sonhe com a chegada do mês de julho.
– Eu me sinto com muita fé em conquistar coisas. O São Paulo é uma equipe tão grande, que às vezes os resultados alteram sua vida. Não tive possibilidade de trabalhar com jogadores que eu quis, por distintas razões. Em julho, junto com a diretoria, espero conseguir armar o plantel que eu quero para poder batalhar no Campeonato Brasileiro.
O São Paulo encara o River Plate a partir das 19h30 desta quinta-feira, no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. O GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real, e o SporTV transmite o clássico sul-americano.
O treinador Bauza ainda mostra que não conhece bem o elenco mas não o culpo totalmente por essa campanha pífia da nossa equipe e sim também os jogadores, além da diretoria que o trouxe afinal trouxeram um técnico apenas pelo seu currículo na Libertadores mas que por outro lado não conhecia o time que ia treinar.
Mesmo com a pré temporada ele ainda está perdido, além de suas convicções não se adequar ao nosso time e insistências em alguns jogadores que não vem dando resultado.
Felizmente ou infelizmente ao meu ver ele não terá mais o tempo necessário para se adaptar.
O futebol atual não permite isso já que se vive de resultados até mesmo de trabalhos a curto prazo.
Não adianta compara-lo com o Osório, são estilos e escolas futebolísticas diferentes sendo que um conseguiu colocar a sua filosofia de trabalho em pouco tempo já o outro não.
Eu ainda sou muito descrente que se mudar o comando técnico e continuar os mesmos jogadores e a mesma diretoria algo vai ser diferente, afinal quantos técnicos já passaram por aqui e o resultado foi o mesmo.
O pior técnico que o S. Paulo já teve, pior até que o Antacy que acreditava imbatível em ser péssimo.