Torcedora ‘expulsa’ por Aidar ganha batalha

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Fátima Martini foi retirada do quadro de sócios torcedores após criticar o ex-presidente; decisão é em 1ª instância

Fábio Shimab | [email protected]

A torcedora Fátima move ação contra o São Paulo - Divulgação FacebookBanida do programa de sócio torcedor do São Paulo no ano passado, após criticar o então presidente Carlos Miguel Aidar, Fátima Martini ganhou a primeira batalha na ação que move contra o Tricolor. Em primeira instância, o clube foi condenado a indenizar a torcedora de 29 anos.

“A gente teve uma vitória na última quinta-feira (24), quando saiu a decisão da primeira instância na Justiça. O São Paulo foi condenado a pagar uma indenização de R$ 7 mil, mais os gastos do processo. Mas essa decisão cabe recurso”, disse o advogado de Fátima, Pedro Henrique Oliveira Ferreira, em entrevista ao Portal da Band.

Em agosto do ano passado, Fátima Martini foi excluída do quadro de sócios torcedores do São Paulo por “conduta anti-sãopaulina”, depois de postar comentários contra a administração de Carlos Miguel Aidar nas redes sociais. Na ocasião, o Tricolor confirmou a expulsão da torcedora com base no aspecto disciplinar, além de alegar que ela não pagava sua mensalidade há dois meses.

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Ao Portal da Band, o advogado da torcedora também destacou que não houve acordo com o São Paulo nesta primeira instância. “Ocorreram duas audiências e o juiz perguntou se o São Paulo tinha um acordo para propor. Em nenhuma das audiências o São Paulo quis (entrar em acordo com a sua cliente)”, lembrou.

O advogado também explicou como vai agir a partir de agora. “A gente vai aguardar para ver se o São Paulo vai recorrer. Como eles não entraram em contato, a gente não sabe se eles vão aceitar a decisão ou se vão recorrer. Em regra são duas instâncias. Caberia recurso para o Tribunal de Justiça de São Paulo”, falou.

Na expectativa

Ferreira está bastante esperançoso de que a sua cliente seja vitoriosa também na segunda instância. “Em primeira instância o juiz entendeu muito bem o caso, que a decisão foi acertada. O juiz de primeiro grau enxergou a razão que a gente tinha no processo. A gente acredita que, se o São Paulo recorrer, (a decisão) vai ser mantida na segunda instância. A gente juntou bastante documento comprovando nossos argumentos”, destacou.

De acordo com o advogado, o São Paulo tem 15 dias úteis para decidir se recorre ou não da sentença em primeira instância. Ele reconhece ainda que a diferença que Fátima Martini cobra (R$ 25 mil) para que o São Paulo foi condenado a pagar (R$ 7 mil) é grande. “A gente vai esperar (o desenrolar do processo). De qualquer forma, o judiciário identificou o motivo da indenização e viu que houve culpa do São Paulo por tudo o que aconteceu”.

A reportagem procurou o São Paulo para comentar a decisão, mas até o fechamento dessa matéria, o clube não retornou.