Jonathan Calleri precisou dos melhores amigos para deslanchar no São Paulo. Ainda em adaptação ao Brasil, o atacante argentino não havia emplacado uma sequência de boas atuações antes das últimas duas partidas pela Libertadores. O empurrãozinho para curar a solidão veio de três conterrâneos, que, em dez dias, o fizeram reencontrar a alegria e os gols pelo Tricolor.
De 30 de março a 10 de abril, Juan Cruz, Martin Torres e Sebastian Vladisauskas ficaram hospedados no apartamento em que Calleri mora junto com a namorada, Micaela Fusca, no bairro de Perdizes, em frente à arena do Palmeiras e próximo ao CT do São Paulo, na Zona Oeste de São Paulo. O atacante conheceu o trio em Floresta, bairro nos arredores de Buenos Aires onde nasceu e começou a jogar futebol.
Nesses dez dias, os argentinos aproveitaram para ir a um parque aquático no interior de São Paulo, conhecer as praias de Guarujá, jogar boliche, ir ao jogo do Tricolor contra o Trujillanos e visitar shoppings da capital paulista.
Antes da viagem, Calleri havia marcado quatro gols em 16 jogos. Depois que os amigos chegaram ao Brasil, o atacante passou a brilhar: foram seis gols (quatro contra o Trujillanos e dois contra o River Plate) em três partidas .
– Fomos visitá-lo para que estivesse mais forte. Eu me divirto muito quando estou com o Jony. Ele tem medo dos toboáguas, grita em todos. É um medroso. No São Paulo, ele disse que estava tranquilo. O grupo o recebeu bem. Ele se dá muito bem com o Ganso – conta Juan Cruz.
Quando estavam na casa de Calleri, a rivalidade voltava à tona com o futebol digital. De um lado, o Bayern de Munique, de Cruz. Do outro, o Borussia Dortmund ou Chelsea, do atacante são-paulino de 22 anos.
– Jogávamos videogame até morrer quando éramos menores. Agora que ele está no Brasil, jogamos por internet. Ultimamente, virei freguês do Jony. Dessa vez, empatamos por 3 a 3. Quando vai para os pênaltis, não jogamos. Ganhar nos pênaltis não serve – afirma o jovem torcedor do All Boys, clube que revelou Calleri.
Dentre os amigos, Cruz é o único que possui o privilégio de ser levado por Calleri para dentro de campo. O jovem é quem desenha e fabrica as caneleiras do jogador. As peças atuais possuem fotos da família e da namorada de Calleri. A amizade entre eles começou há oito anos, na sala de aula do colégio perto do estádio do All Boys.
– Lembro dele com o cabelinho comprido, a boca enorme. Ele não gostava de ir à escola, mas tinha que ir. A mãe dele dava muito bronca. Vivíamos perto também. Quando jogávamos futebol, ele já era muito diferente, avançado – lembra Cruz.
Antes da partida de quarta-feira, com os amigos já de volta à Argentina, o atacante prometeu que faria um gol e beijaria a caneleira na comemoração. E cumpriu. Após a partida, muitas celebrações pelo WhatsApp com o atacante que veste a camisa 12 em homenagem à torcida organizada do Boca Juniors, o maior rival do River. Além dos gols, Calleri levou um tapa no rosto do lateral rival Leonel Vangioni, o que gerou piadas com o amigo.
– Brincamos pela briga com o Vangioni. Ele disse: “Sim, ele me matou, mas é do jogo, não aconteceu nada demais”. Ele não perderia de jeito nenhum. Esse era o jogo que o Jony queria jogar. Por isso que fez a comemoração (de colocar o dedo na boca, fazendo gesto de silêncio) – revela Cruz.
Vinculado ao São Paulo até 30 de junho, Calleri pode não permanecer no Tricolor, apesar de já ter afirmado que não descartaria continuar na equipe do Morumbi. Para Juan Cruz, o destino do jogador deve ser longe daqui.
– Depois das Olimpíadas, creio que ele vai para a Europa. Ele quer jogar lá, assim como todo jogador quer – finaliza o melhor amigo.
Ohhh Ohh Toca no Calleri que é gol !!
Se eu fosse o São Paulo iria buscar o Alex , que hoje está de reserva no Inter para compor elenco. O cara sabe jogar , bate bem falta e seria uma otima opção para jogar junto com o Ganso .
Esse sobrenome Fusca de sua namorada tem alguma coisa a ver com o capô do fusca?
Só curiosidade
Porra! Os cara parecem irmãos. Todos parecidos.