“Defensivamente, primeiro tempo do São Paulo foi excelente”, diz Noriega

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SporTV.com

A vitória era obrigação para o São Paulo manter vivo o objetivo de chegar às oitavas de final da Libertadores, e ela veio nesta quarta-feira diante do atual campeão. Num Morumbi com mais de 51 mil torcedores, o Tricolor venceu o River Plate por 2 a 1 e agora vai à altitude de La Paz, na Bolívia, podendo empatar com o The Strongest para garantir a classificação. O comentarista doSporTV Maurício Noriega elogiou a primeira etapa do time do técnico Edgardo Bauza no quesito defensivo, mas apontou equívocos principalmente no segundo tempo.

São Paulo x River Plate Calleri (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)Calleri marcou os dois gols na vitória do
São Paulo (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

– Foi um jogo mais intenso, mais divertido do que bom, pela atmosfera impressionante da torcida do São Paulo. E defensivamente o primeiro tempo do São Paulo foi excelente, aí concordo com o Bauza, porque o Tricolor anulou completamente o River. Quando ele fala na entrevista que o River não machucou o São Paulo em nenhum momento, isso é verdade, não chutou uma bola no gol porque o São Paulo marcou muito bem, dobrou, às vezes triplicou a marcação, e tirou duas características principais do River Plate, o toque de bola e a enfiada de bola em inversão do D’Alessandro, e a bola cruzada pelo alto para o Alario. O River não chegou nenhuma vez.

O São Paulo mandou no primeiro tempo da partida e abriu o marcador aos 28 minutos. Calleri recebeu cruzamento de Bruno com matada no peito, mas a bola escapuliu, bateu em Ganso e voltou no argentino, que de voleio mandou para o fundo da rede. Na segunda etapa, quando o River já pressionava o São Paulo e somava já algumas chances de gol, Calleri voltou a marcar, aos 14 minutos.

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– Quando o River começava a dominar e tinha criado duas ou três chances seguidas, o São Paulo fez o gol com Calleri, o que na parte psicológica acabou decidindo. E alguns vacilos no finalzinho, a expulsão do João Schmidt, as faltas bobas que o São Paulo ainda faz próxima à área. Esse tipo de controle tem que ser feito para um jogo na altitude, em que a bola perde menos velocidade pelo ar ser rarefeito, a bola parada é decisiva. Esse controle o São Paulo precisa ter – disse Noriega, já vislumbrando o jogo com o Strongest, na próxima quinta-feira, às 21h45, em La Paz;

Noriega apontou novamente uma boa atuação de Paulo Henrique Ganso, além de citar a função encontrada por Bauza para o jogador. Apesar disso, apontou Calleri e Hudson melhores pelo lado tricolor na partida da última noite.

– O que tem acontecido com o Ganso é que há algum tempo ele vem jogando bem, e há algum tempo o Bauza tem buscado encontrar a melhor posição para o Ganso. Claramente, na composição tática do São Paulo, o Bauza escalou o Ganso como um camisa 10 argentino, numa função que o argentino e uruguaio chamam de “enganche”, que é o meia de ligação para nós aqui, e o Ganso fez uma boa partida. Não foi o melhor jogador – para mim foi o Calleri, o Hudson vem logo após -, mas o Ganso está encontrando no São Paulo, através da determinação do treinador, o melhor posicionamento para jogar e tirar o melhor dele, que é o jogador que faz a bola chegar do meio para o ataque e organiza a equipe.

O São Paulo volta a jogar no próximo domingo, às 18h30, quando enfrenta o Audax, em Osasco, pelas quartas de final do Campeonato Paulista. Como é jogo único, em caso de empate a decisão da vaga na semifinal será decidida nos pênaltis.

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