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Tossiro Neto
Expulsão do argentino no último jogo da fase de grupos da Libertadores abre espaço para o atacante brasileiro na partida de ida das oitavas de final, contra o Toluca
(Foto: Erico Leonan / Site oficial do São Paulo FC)
A diretoria do São Paulo vai protestar contra a expulsão de Calleri diante do The Strongest, na Bolívia. Mas, na melhor das hipóteses, o clube deve evitar apenas que o argentino seja punido com gancho maior do que a suspensão automática de um jogo. Assim, na partida de ida das oitavas de final, frente ao Toluca, do México, o atacante provavelmente será Alan Kardec.
– É uma oportunidade de ouro, da vida. Cabeça tranquila, vamos com tudo. Temos um jogo em casa, que pode encaminhar nossa classificação (às quartas de final) – resume o camisa 14.
De fato, é uma chance rara para Kardec sob comando do técnico Edgardo Bauza. Durante um início de ano complicado, em que foi acometido por uma amigdalite aguda e ainda sofreu corte no tornozelo esquerdo, o atacante viu o recém-chegado Calleri conquistar o compatriota e comandante do time.
Na quinta-feira, embora tenha se envolvido em confusão ainda mal explicada – injusta, na visão da diretoria – ao final do duelo com o The Strongest, Calleri mais uma vez resolveu. Foi dele o gol de empate por 1 a 1, que selou a classificação para o mata-mata da Taça Libertadores. Seu oitavo gol nesta edição, justificando o porquê de a torcida gritar “Toca no Calleri que é gol”.
Sem o artilheiro, a principal esperança dentro do elenco, portanto, volta a ser Kardec. No esquema tático 4-2-3-1, ele poderia ser o jogador mais avançado. Em La Paz, porém, o atacante entrou no segundo tempo e cumpriu função diferente, jogando mais aberto pela esquerda – com obrigação também defensiva – e dando liberdade para Paulo Henrique Ganso.
Em março, com poucas oportunidades como titular, o centroavante chegou a cobrar Bauza publicamente. Os gols e o estilo lutador de Calleri, no entanto, pesaram a favor do argentino. Ainda assim, Kardec é uma das substituições recorrentes nos jogos do São Paulo.
O camisa 14 participou de 19 dos 25 compromissos da equipe neste ano. Fez apenas um gol. Na manhã deste domingo, quando os jogadores se reapresentam no CT da Barra Funda, ele começa a se preparar para sua chance de ouro.