Aos 11 minutos do primeiro tempo, Paulo Henrique Ganso surpreendeu ao entrar na área adversária e cabecear para fazer o gol da vitória do São Paulo no Choque-Rei com o Palmeiras, na fria tarde deste domingo, no Estádio do Morumbi, em duelo válido pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro.
Após ter sido determinante no encerramento de um tabu de dez clássicos sem vitória tricolor, o meia são-paulino comemorou o triunfo e disse que, se não fosse pelo goleiro Fernando Prass, o placar poderia ter sido mais elástico.
“Se tratando de um clássico, nada melhor do que vencer dentro de nossa casa”, vibrou o camisa 10 antes de explicar sua boa fase como um dos artilheiros do São Paulo na temporada.
“Eu procuro fazer meu papel, trabalhar pra sempre estar presente na área, fazer os gols, ainda acho que a gente poderia ter caprichado mais no segundo tempo, mas o Prass salvou também”, acrescentou o meia, que neste ano já anotou sete gols.
Questionado sobre a possibilidade de defender a seleção brasileira em função de seu bom momento, Ganso não demonstrou ansiedade e afirmou estar focado no São Paulo.
“Como eu falei, todo mundo vai ter oportunidade no momento certo, eu estou mantendo meu foco no São Paulo, treinando bastante e me preparar para que, na hora que a oportunidade surgir, eu estar preparado pra dar conta do recado”, explicou em entrevista a jornalistas na zona mista do Morumbi.
“Não dá pra falar em pedir passagem, estou mantendo meu foco, treinando, jogando, mantendo a regularidade que tanta gente falou muito disso, né, fazendo os gols que também era muito cobrado por isso. Então, tenho que continuar assim e ir melhorando a cada partida”, completou.
Sobre a nova postura do time são-paulino com a chegada do técnico argentino Edgardo Bauza, o camisa 10 revelou que a cobrança interna do elenco e o duelo com o The Strongest – empate por 1 a 1 pela Copa Libertadores da América, que classificou o time à fase de mata-mata do torneio continental -, foram preponderantes para a criação de uma nova identidade no grupo.
“Nosso elenco mudou muito. Como eu falei, aquele jogo contra o The Srongest foi um divisor de águas pro nosso elenco, pra nossa forma de jogar também, que vem melhorando a cada dia. Nosso time vem crescendo nas competições por causa disso, um cobrando muito do outro, não tem vaidade de não poder cobrar e outro reclamar, cada um cobra do jeito que tem que cobrar. Lógico, no vestiário depois a gente conversa e vê quem errou e quem acertou pra ajustar sempre a nossa equipe”, falou para, em seguida, comentar a discussão entre o zagueiro Maicon e o atacante Rogério após a partida.
“A gente só pede calma, porque o momento não era ali. O momento é dentro do vestiário, conversar de cabeça fria, mas é que o jogo é tão estressante, tão intenso que acaba acontecendo às vezes dentro de campo”, encerrou, referindo-se à briga originada por um pedido não atendido de Maicon, que gostaria que Rogério segurasse mais a bola no campo adversário e não chutasse ao gol, como fez o avante.
Com sete pontos em quatro rodadas, o São Paulo ocupa a sexta colocação do Brasileiro. O próximo compromisso é o Figueirense, nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), em Florianópolis.