No Morumbi, apenas um clube venceu o São Paulo duas vezes pela Libertadores

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UOL

Victor Martins

  • Ronaldinho Gaúcho comemora primeiro gol do Atlético-MG contra o São Paulo pelas oitavas da Libertadores de 2013

    Ronaldinho Gaúcho comemora primeiro gol do Atlético-MG contra o São Paulo pelas oitavas da Libertadores de 2013

A América do Sul inteira sabe: o Morumbi é um dos mais tradicionais e temidos palcos da Copa Libertadores. O estádio é a casa do São Paulo, clube brasileiro com mais participações no torneio continental, são 18 já com a edição atual. Números traduzidos nas conquistas, são três títulos – assim como o Santos – e também é a equipe nacional que mais venceu jogos de Libertadores (89).

Jogar no Morumbi nunca é fácil. Foi lá que o São Paulo conquistou dois de seus três títulos, contra Newell’s Old Boys e Atlético-PR. O exemplo mais recente é a campanha na atual edição. Dos quatro jogos como mandante, os três no Morumbi terminaram em triunfo, com 12 gols marcados e apenas um sofrido. A única derrota, para o Strongest, aconteceu no Pacaembu.

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Apesar de toda a mística que envolve o estádio em jogos sul-americanos, aliada à estatística do São Paulo como mandante na Libertadores, com 67 vitórias em 88 partidas, um clube parece não temer quando vai jogar no Morumbi. E é justamente o Atlético-MG, o rival desta quarta e único clube na história do principal torneio de clubes sul-americanos a vencer o São Paulo duas vezes como visitante.

Das nove derrotas são-paulinas em casa, duas foram para o Atlético. Mais do que isso, o Atlético tem vantagem no confronto direto no Morumbi em jogos de Libertadores. O duelo pelas quartas de final desta edição vai ser o quinto entre os dois clubes no estádio. A equipe mineira venceu duas vezes, contra apenas uma do time mandante, além de um empate, que aconteceu na edição de 1972, na primeira participação de ambos na Libertadores.

O primeiro triunfo atleticano aconteceu em 1978, no dia 9 de abril. Mais de 82 mil pessoas acompanharam o jogo, que teve gols de Serginho e Paulo Isidoro, para o Atlético, e Mirandinha, para o São Paulo. Na época, a Libertadores tinha uma fórmula de disputa diferente e apenas uma equipe avançava. O Atlético foi o classificado do grupo 3, que tinha também os chilenos Palestino e Unión Española.

A caminhada dos mineiros foi até fase seguinte, já na semifinal, num triangular com os argentinos Boca Juniors e River Plate. Com três derrotas e somente uma vitória, o Atlético terminou na última colocação. O Boca foi o vencedor do triangular e posteriormente foi campeão ao superar o Deportivo Cali na decisão.

A segunda vitória do Atlético sobre o São Paulo no Morumbi foi mais recente e ainda está fresca na memória de muita gente. Após dois confrontos pela primeira fase, os brasileiros voltaram a se enfrentar pelas oitavas de final. O Atlético venceu de virada, com gols de Ronaldinho Gaúcho e Diego Tardelli. O São Paulo abriu o placar com Jádson e vencia até a expulsão do zagueiro Lúcio, ainda no primeiro tempo.

Vitória que foi apenas mais um passo da histórica campanha do Atlético, que após bater o São Paulo nas oitavas, passou também por Tijuana, Newell’s Old Boys e Olímpia, para ser campeão da América pela primeira vez.  Conseguirá o time do técnico Diego Aguirre repetir os feitos das equipes comandas por Barbatana (1978) e Cuca (2013)?