Cruzeiro vai lucrar com compra de Maicon pelo São Paulo

239

UOL

Thiago Fernandes

  • DOUGLAS MAGNO/AFP

    Maicon, contratado pelo São Paulo, foi revelado pelas categorias de base do Cruzeiro

    Maicon, contratado pelo São Paulo, foi revelado pelas categorias de base do Cruzeiro

A aquisição de Maicon por parte do São Paulo interfere diretamente nas finanças do Cruzeiro. No acordo com o Porto, de Portugal, o clube paulista desembolsou 6 milhões de euros (R$ 21,57 milhões na cotação atual), além de ceder metade dos direitos de Lucão e Inácio. Os mineiros devem receber 0,75% do valor envolvido na transferência devido ao mecanismo de solidariedade da Fifa, conforme apurado pelo UOL Esporte junto à Rede de Futebol, empresa especializada no assunto.

Publicidade

Conforme a regra do órgão que rege a modalidade, as agremiações formadoras do atleta têm direito a 5% dos valores envolvidos a cada transação internacional. Este percentual, contudo, é fatiado entre todos os clubes pelos quais o jogador atuou de 12 a 23 anos de idade. Os montantes são proporcionais ao período.

Como o zagueiro esteve na Toca da Raposa entre 2006 e fevereiro de 2008, o clube de Belo Horizonte tem direito a 0,75% do montante total envolvido na transferência. Os percentuais dos atletas cedidos ao Porto não são inclusos na conta. O Cruzeiro, portanto, receberá 45 mil euros (cerca de R$ 160 mil, segundo o valor da moeda europeia na atualidade) por conta da vinda do defensor para o Morumbi.

A quantia é ínfima perto do valor conseguido na venda do jogador para o Porto, em 2009. Na ocasião, os europeus desembolsaram 1,1 milhão de euros (R$ 3 milhões à época) para contar com o zagueiro revelado no clube de Belo Horizonte. O montante recebido com a negociação entre São Paulo e portugueses é quase 25 vezes menor do que o obtido naquela ocasião.

Esta não é a primeira vez que o Cruzeiro fatura com a contratação de um jogador por parte de um clube paulista. Recentemente, o Palmeiras adquiriu o atacante Dudu junto ao Dínamo de Kiev, da Ucrânia, por 3 milhões de euros (R$ 9,35 milhões à época). A transação rendeu R$ 225 mil aos cofres dos mineiros.