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O São Paulo conquistou a vaga às semifinais da Copa Libertadores da América no dia 18 de maio, quando perdeu por 2 a 1 para o Atlético-MG, em Belo Horizonte, resultado que lhe garantiu a classificação. Desde então, o time comandado por Edgardo Bauza disputou dez partidas apenas pelo Campeonato Brasileiro, já que a competição continental de clubes sofreu uma pausa em função da disputa da Copa América Centenário, nos Estados Unidos. Nesse período, o Tricolor perdeu jogadores por lesão e acumulou quatro derrotas, três vitórias e três empates, colocando-se no modesto décimo lugar da Série A.
A oito dias do duelo de ida contra o Atlético Nacional-COL, no Morumbi, o São Paulo vive com o dilema de usar os atletas considerados titulares no torneio nacional ou poupá-los para os ter em plenas condições físicas diante dos colombianos. A segunda opção, no entanto, vem sendo a preferida pelo Patón, que preservou Paulo Henrique Ganso, Bruno, Thiago Mendes e Rodrigo Caio na derrota por 3 a 0 para o Santos, no último domingo, no Pacaembu. O treinador argentino ainda não pôde contar com os lesionados Kelvin e Wesley, embora tenha promovido os retornos de Hudson e Carlinhos.
Questionado se a parada da Libertadores prejudicou o time, o zagueiro Rodrigo Caio refutou tal hipótese e ressaltou o fato de o clube do Morumbi estar próximo de uma conquista memorável. “Acredito que não. É uma competição totalmente diferente, Brasileiro e Libertadores. Temos a nossa torcida, estamos a quatro jogos de marcar história, conseguir colocar um quadro na parede e esse é o objetivo de cada um. Temos dois jogos para subir na tabela do Brasileiro e chegar forte na quarta-feira”, projetou o camisa 3, referindo-se às partidas contra Fluminense, nesta quarta-feira, e Ponte Preta, no domingo.
Sem vencer há três jogos, o Tricolor não vive o mesmo momento daquele do dia 18 de maio. Desde então, o time amargou três derrotas em casa e não conseguiu arrancar no Brasileirão. Embora Rodrigo Caio negue que a fase são-paulina tenha piorado em relação ao último jogo pela Libertadores, o defensor está ciente de que a equipe precisa melhorar para chegar confiante na decisão com o Atlético Nacional-COL.
“Não digo que esteja pior. Digo que não conseguimos manter o nível das atuações que vínhamos tendo. Claro que são competições diferentes. Mas o Brasileiro tem uma qualidade muito alta. E isso influencia bastante. Claro que precisamos melhorar, ter mais atenção. Perdemos pontos que não poderíamos dentro da nossa casa. Precisamos recuperar essa confiança na nossa casa para voltarmos a sermos fortes”, receitou, alertando para a necessidade de o time do Morumbi retomar o caminho das vitórias no campeonato nacional.
“Libertadores é só na semana que vem. Não podemos ficar pensando só nela, temos mais dois jogos, campeonato muito difícil. É a hora de reagir, somar pontos para seguir forte também”, concluiu.
Após 11 rodadas, o São Paulo aparece na décima posição do Brasileiro, com 15 pontos, apenas três a mais do que o Botafogo, primeira equipe dentro da zona de rebaixamento. O próximo compromisso é o Fluminense, nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no Morumbi.
Más lembranças
O torcedor são-paulino não tem boas lembranças quando o assunto é pausa na Libertadores. Em 2010, o Tricolor, então comandado por Ricardo Gomes, fez a segunda melhor campanha da fase de grupos do torneio e alcançou as semifinais após eliminar o peruano Universitario e o compatriota Cruzeiro nas oitavas e quartas de final, respectivamente.
No entanto, a competição foi obrigada a sofrer uma parada em junho por conta da disputa da Copa do Mundo da África do Sul. Nesse intervalo, o time do Morumbi perdeu o embalo e, quando o campeonato foi reiniciado no fim de julho, acabou eliminado pelo Internacional, que acabaria campeão daquela edição.
