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Marco Antônio Astoni
Vitória deixa o Tricolor na sexta colocação do Brasileirão, enquanto a equipe continua entre os piores colocados da competição. Presidente da Raposa é alvo de protesto
Desde 1959, ano em que o Campeonato Brasileiro foi disputado pela primeira vez, Cruzeiro e São Paulo se enfrentaram 57 vezes, contando a partida deste domingo, no Mineirão, pela sexta rodada da edição de 2016. O 1 a 0 para o Tricolor, gol do meia Ytalo, aos 22 minutos do primeiro tempo, foi a 31ª vitória sobre a Raposa no confronto. O São Paulo, que atuou com um time considerado misto, jogou com inteligência e soube dar o bote na hora certa, para depois se fechar na defesa para administrar a vitória e evitar riscos desnecessários. Não faltou luta ao Cruzeiro, mas sim organização tática e eficiência ofensiva.
O resultado fez com o que Cruzeiro terminasse a rodada na 18ª colocação, continuando na zona de rebaixamento com cinco pontos. O São Paulo subiu para o sexto lugar, com 10 pontos.
Na próxima rodada, a sétima do Brasileirão, o Cruzeiro disputa o clássico com o Atlético-MG. A partida será domingo, às 16h (de Brasília), no Independência. O São Paulo joga às 21h de sábado. O Tricolor recebe o Atlético-PR no Morumbi.
O jogo
Cruzeiro e São Paulo fizeram um jogo digno de suas tradições, pelo menos no que diz respeito ao empenho dos dois times em campo. Por jogar em casa, o time mineiro tomou a iniciativa de ataque, partindo para cima desde os minutos iniciais. Tanto que criou boas chances. O atacante Willian perdeu uma chance clara, aos sete minutos, cara a cara com Denis. O São Paulo ainda não tinha levado perigo ao gol de Fábio quando abriu o placar, aos 22 minutos. Ytalo recebeu passe de Bruno, da direita, girou e bateu, sem chances para o goleiro.
Atrás do placar, o Cruzeiro não teve alternativa diferente de partir pra cima do adversário. O time, no entanto, parecia afoito e desorganizado em campo, o que acabou facilitando a vida do sistema defensivo do São Paulo, que se fechou e administrou a vitória parcial até o final do primeiro tempo.
No começo da segunda etapa, o técnico Paulo Bento tirou Willian e Robinho, que pouco vinham fazendo, e mandou para o jogo Alisson e Riascos. O Cruzeiro ganhou em animação e pressionou muito o São Paulo, que passou a viver exclusivamente de contra-ataques.
No final das contas, pesaram a maior organização tática do Tricolor, que teve sabedoria e inteligência para se posicionar bem na defesa e segurar o resultado, e a inteligência do esquema armado por Edgardo Bauza. Por mais que venha mostrando garra e espírito de luta nos jogos, o Cruzeiro tem que melhorar muito se quiser algo a mais do que lutar contra o rebaixamento neste Campeonato Brasileiro. Nos minutos finais, a torcida entoou xingamentos contra o presidente do clube, Gilvan de Pinho Tavares.