Campanha épica e histórico: motivos para acreditar que São Paulo pode bater ‘bicho papão’ da Libertadores

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ESPN.com.br

Patrick Mesquita

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Bauza lamenta lesões, mas promete entrega total do São Paulo na semi 

A noite desta quarta-feira promete ser de fortes emoções para o torcedor do São Paulo. Com o apoio de mais de 60 mil pessoas nas arquibancadas do Morumbi, o time tricolor começa a disputa por uma vaga na final da Copa Libertadores contra o Atlético Nacional-COL. E chegar à decisão não será nada fácil.

O adversário colombiano é um verdadeiro “bicho papão” nesta edição do torneio. São sete vitórias, dois empates e apenas uma derrota até o momento. Além disso, são 19 gols marcados e apenas quatro sofridos – um dos melhores desempenhos da competição.

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Como se não bastasse, o São Paulo ainda terá que encarar dois desfalques importantes para o duelo. Paulo Henrique Ganso e Kelvin estão lesionados e ainda não sabem quando voltam a campo. Assim, o técnico Edgardo Bauza dedicou os últimos dias para encontrar a melhor formação da equipe.

Mesmo com um cenário aparentemente negativo, há motivos de sobra para o torcedor são-paulino acreditar em um bom resultado. Os motivos vão desde a própria campanha do clube na Libertadores, que conta com uma grande reação na fase de grupos, até o histórico contra colombianos no torneio.

  • História pesa 

O São Paulo tem um desempenho equilibrado contra times da Colômbia. Foram 22 partidas na história, com nove vitórias do time tricolor, seis empates e sete derrotas. O aproveitamento é de 41%. A diferença está nos jogos dentro de casa. Atuando como mandante, o clube do Morumbi ganhou sete, empatou três e foi batido em apenas uma oportunidade (para o Millonarios, na Copa Sul-Americana de 2007). Com isso, o número sobe para 64% de aproveitamento.

Em casa, os são-paulinos marcaram 15 gols e sofreram apenas seis contra adversários colombianos. No geral, são 25 tentos a favor e 19 contra.

Enfrentando o Atlético Nacional foram 10 partidas na história. O São Paulo ganhou cinco, empatou três e perdeu apenas duas – nenhuma das derrotas foi no Morumbi.

  • Campanha épica

O ano não começou nada fácil para o São Paulo. Longe do Morumbi, o elenco demorou a encontrar um ritmo e a aprender como trabalhar com Edgardo Bauza. O clube esteve perto de ser eliminado ainda na primeira fase da Libertadores e foi dado como “carta fora do baralho” por muitos. A reação que parecia improvável aconteceu de forma épica, com classificações suadas e um crescimento de desempenho admirável.

As partidas contra The Strongest-BOL, Toluca-MEX e Atlético-MG comprovam que a equipe tricolor é capaz de reverter qualquer cenário aparentemente negativo.

  • É Libertadores! 

Não é bobeira quando dizem que o São Paulo sabe jogar Libertadores, ainda mais em casa. Até hoje, o time disputou 89 jogos como mandante pela competição. Foram 68 vitórias, 12 empates e apenas 10 derrotas. O aproveitamento positivo é de 76%. O ataque marcou 189 gols e sofreu 54.

  • Ataque feroz

Artilheiro desta edição da Copa Libertadores, o atacante Calleri é dono de uma marca impressionante: um gol a cada 90 minutos no torneio sul-americano.

São 15 gols em 48 confrontos como titular na temporada – oito na Libertadores, três no Campeonato Brasileiro e quatro no Paulista.

Graças ao desempenho do argentino, o São Paulo tem o melhor ataque do torneio entre os times que ainda estão na disputa. São 20 tentos marcados até aqui.

  • Casa cheia!  

A torcida do São Paulo mais uma vez vai lotar o Morumbi para o confronto diante dos colombianos. A média de público tricolor na competição é de 40.5 mil pessoas. O número deve aumentar na noite desta quarta-feira. Os mais de 60 mil ingressos para a primeira semifinal foram vendidos de forma antecipada.

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Treinador do Atlético Nacional destaca torcida do São Paulo; atacante espera ‘jogo complicado’
  • Patón! 

Experiência que faz a diferença. Um dos motivos para a contratação de Edgardo Bauza foi o retrospecto do técnico na Libertadores. Bicampeão, o argentino conseguiu dar vida nova a um time que passava por momentos conturbados na temporada.

Prova de como o treinador sabe trabalhar neste tipo de competição veio na última entrevista coletiva antes do duelo. O comandante pregou cautela no ataque para que o São Paulo não seja surpreendido por estar “pilhado” em campo.

“É preciso ter inteligência, não adianta atacar feito loucos. O jogo contra o Nacional terá 180 minutos. Amanhã, são os primeiros 90. A definição acontecerá em Medellín”, disse.

São Paulo e Atlético Nacional começam a disputa por uma vaga na final da Libertadores às 21h45 (de Brasília), no Morumbi. O jogo de volta acontece na próxima quarta-feira, no estádio Atanasio Girardot, em Medellín.

FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO X ATLÉTICO NACIONAL-COL

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 06 de julho de 2016, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Mauro Vigliano (ARG)
Assistentes: Juan Belatti e Gustavo Rossi (ambos da ARG)

SÃO PAULO: Denis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Mena; Hudson, Thiago Mendes, Wesley, Ytalo e Michel Bastos; Calleri. Técnico: Edgardo Bauza

ATLÉTICO NACIONAL-COL: Armani; Bocanegra, Davinson Sánchez, Henríquez e Farid Díaz; Mejía, Pérez e Guerra; Ibarguén, Marlos Moreno e Borja. Técnico: Reinaldo Rueda